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Em vídeo, Eduardo Bolsonaro volta a defender “novo AI-5”

Citando o contexto do Chile, deputado federal diz que esquerda não aceita resultado das eleições e quer trazer instabilidade ao Brasil

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Brasília (DF), 01/02/2019  Cerimônia de posse Câmara dos Deputados e Eleição  Local:Plenário Ulysses Guimarães Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 01/02/2019 Cerimônia de posse Câmara dos Deputados e Eleição Local:Plenário Ulysses Guimarães Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em meio à intensa repercussão sobre sua declaração, de que o governo poderia responder com “novo AI-5” a uma eventual “radicalização da esquerda”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou vídeo no Twitter em que diz que “não quer isso (o AI-5)”, mas que a medida poderia ser justificada porque a esquerda “não aceitaria” a derrota nas urnas.

Reforçando o que declarou à jornalista Leda Nagle, ele voltou a dizer que o contexto do Chile, que passa por protestos contra medidas do presidente Sebastián Piñera, pode ser replicada no Brasil.

“O que a esquerda está chamando de protestos e querendo trazer para o Brasil, na verdade a gente sabe que são vandalismos, depredações e chega sim, a ser terrorismo, porque eles querem fazer instabilidade política para tirar do poder um presidente que não é de esquerda, isso tudo está ‘perigando’ vir para o Brasil”, argumentou.

Citando o livro “A Verdade Sufocada”, do torturador reconhecido pela Justiça, coronel Carlos Brilhante Ustra, o deputado lista episódios que também classifica como “atentados terroristas” e diz que eles não teriam divulgação porque “não convém pintar a esquerda como sendo agressiva”. “Eles como não aceitam o resultado democrático da eleição, sempre estão buscando a retomada do Brasil.”

“Vale lembrar o que ocorreu no Brasil no final dos anos 60, início dos anos 70: a esquerda começou com a luta armada com uma bomba no Aeroporto de Guararapes, em 1966, feito pelo grupo chamado Ação Popular, que mais tarde teria como membro o senhor José Serra. Além disso, [houve] o sequestro do embaixador americano, de outros cônsules, de aeronaves, execuções como a do major alemão que estava no Rio de Janeiro, policiais, quem leu o livro Verdade Sufocada, vai ver nome e sobrenome e data de todos esses atentados terroristas”, defendeu.

Mais cedo, Eduardo também postou o vídeo do momento em que o pai, durante o julgamento da abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cita o torturador. Na legenda, escreveu: “Se você está do lado da verdade, NÃO TENHAIS MEDO!”.

A declaração de Eduardo causou intensa repercussão no meio político, com repúdios públicos dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de uma série de parlamentares e partidos.

Apesar do posicionamento de Eduardo, contudo, seu pai, presidente Jair Bolsonaro (PSL) quando perguntado sobre a possibilidade, disse: “AI-5, no passado, existia outra Constituição. Esquece isso. Não existe mais”. “Quem quer que seja que fale em AI-5 está sonhando. Está sonhando. Está sonhando. Não quero nem ter notícia disso daí”, afirmou, nesta quinta-feira (31/10/2019).

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