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Em sigilo, Anatel reforçará segurança para evitar invasão de hackers

Para a Polícia Federal, eles usaram a “vulnerabilidade da rede” a fim de ter acesso aos aparelhos telefônicos e clonar os números

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Após a descoberta das invasões em série a aparelhos telefônicos de ao menos 1 mil autoridades, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que reforçará a segurança de celulares. A Polícia Federal calcula que ao menos 1 mil dispositivos desse tipo podem ter sido hackeados – e até mesmo o do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi atingido.
A agência reguladora, entretanto, não detalha o que tem sido feito. “A Anatel colaborará com a Polícia Federal empregando todos os instrumentos e equipes técnicas disponíveis. Para garantir o sigilo necessário à operação, não serão divulgadas mais informações no presente momento”, resume, em nota.
O diretor do Instituto Nacional de Criminalística (INC), Luiz Spricigo Júnior, afirmou que enviaria até o fim de semana um ofício ao presidente da Anatel, Leonardo de Morais, para pedir medidas que evitem fraudes como a que atingiu, além do presidente, ministros, deputados e procuradores, entre outras autoridades públicas.
Segundo o delegado, o essencial é tomar medidas que evitem novas fraudes. “Veremos o que é possível fazer para corrigir a falha e coibir esse tipo de crime”, disse em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (24/07/2019).
Os investigadores acreditam que os hackers se valeram de uma falha das operadoras para invadirem os telefones. Para a Polícia Federal, eles usaram a “vulnerabilidade da rede” a fim de ter acesso aos aparelhos telefônicos e clonarem os números das vítimas.

As chamadas em que o número de origem é igual ao número de destino são direcionadas diretamente para a caixa postal, sem necessidade de inserção de senha para acesso ao conteúdo gravado.

Conhecendo a falha, os criminosos utilizaram um programa que permite a edição do número que efetua a ligação, burlando o sistema de identificação de chamadas.

Os suspeitos teriam comprado um programa para a ação, de acordo com as investigações. “Assim, é possível utilizar computador, celular ou mesmo um telefone convencional para fazer ligação”, detalha Wellington Divino Marques de Oliveira, procurador da República, em despacho.

Com a revelação da invasão do celular de Bolsonaro, o Palácio do Planalto afirmou que disponibiliza aparelhos protegidos pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

“O GSI ratifica que disponibiliza ao governo federal, por intermédio da Agência Brasileira de Inteligência, um terminal de comunicação seguro (TCS), com tecnologia da própria agência, cabendo às autoridades optar pelo equipamento e operá-lo conforme suas necessidades funcionais”, informou o Planalto por meio de nota.

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