Em conversa com Trump, Bolsonaro descarta ação militar na Venezuela
Auxiliares presentes na reunião do G20, no Japão, disseram que os presidentes trataram de diversos temas em diálogo reservado
atualizado
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Em contrapartida à posição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o chefe do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), descartou a possibilidade de apoio a uma eventual ação militar na Venezuela. A informação é da Folha de S.Paulo.
De acordo com a reportagem, em reunião bilateral durante a cúpula do G20, no Japão, Bolsonaro disse a Trump que o Brasil não pode adotar essa linha na América do Sul.
A Folha reconstituiu o diálogo entre os líderes com pessoas presentes no encontro. Segundo o texto, na presença de auxiliares, os presidentes trataram de temas como as eleições na Argentina e a busca de uma solução para pôr fim ao regime do “ditador venezuelano” Nicolás Maduro.
Nova face
A conversa mostra uma maneira diferente de agir de Bolsonaro, que desde a campanha eleitoral até a posse na Presidência defende o posicionamento do presidente norte-americano e critica o governo venezuelano.
De acordo com os relatos feitos à reportagem, Trump se mostrou disposto a fazer uma ação conjunta com o Brasil para provocar mudanças no país sul-americano em crise. Ele sondou então se o brasileiro via a possibilidade de uma intervenção militar conjunta.
Bolsonaro prontamente descartou essa alternativa. O presidente brasileiro argumentou que as Forças Armadas do Brasil foram enfraquecidas nas últimas duas décadas e ponderou que a topografia do país vizinho favorece o regime, porque beneficia a atuação de guerrilhas locais.