Em 2022, Aliança não vai usar fundo partidário, promete Bolsonaro
Presidente fez o anúncio em transmissão no Facebook, ao falar da possível sanção ao “fundão” de R$ 2 bilhões para 2020
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta quinta-feira (09/01/2020), durante transmissão ao vivo no Facebook, que se o “fundão” eleitoral para 2020 for sancionado, o Aliança pelo Brasil, futuro partido dele, não usará os recursos nas eleições de 2022.
“Deixo bem claro que, mesmo que seja sancionado o fundão, o partido novo em 2022 não vai ter fundo partidário. Uma parte do meu ex-partido que brigou pelo fundão… Quem usar o fundão em 2022, vai ser complicado, porque vai ter que prestar conta de 15 em 15 dias”, afirmou.
Para o presidente, quem usar a verba vai perder voto. Ele ressaltou que “não acha certo” usar dinheiro público e citou sua campanha presidencial em 2018, quando se elegeu presidente do Brasil com doações.
“Ao usar o fundo partidário, fazer santinho… Vai ser o tiro pela culatra, vai perder voto. (…) Não acho certo usar dinheiro público. No meu caso, me elegi presidente sem fundo nenhum. Os R$ 4 milhões foram fruto de doações”, completou.
Bolsonaro tem sinalizado nas redes sociais que vai sancionar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como Fundão, de R$ 2 bilhões para 2020, aprovado na Lei Orçamentária Anual, em dezembro, pelo Congresso Nacional.
Ele alega que, se vetar o valor, pode incorrer em crime de responsabilidade fiscal e ter um processo de impeachment aberto contra ele, hipóitese rechaçada por juristas e parlamentares. O presidente tem até o próximo dia 20 para publicar a decisão dele no Diário Oficial da União.