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Senado: sessão que elegeu Alcolumbre durou 8 horas só neste sábado

Processo começou após posse dos parlamentares, na sexta, e prosseguiu hoje, sendo feito em duas etapas. Renan Calheiros desistiu

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David Alcolumbre eleição no senado
1 de 1 David Alcolumbre eleição no senado - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após mais de oito horas de debates e reviravoltas só neste sábado, um estreante no Senado Federal assumirá o comando da Casa pelos próximos quatro anos. David Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito presidente com 42 votos, em primeiro turno, mas numa segunda votação realizada neste sábado (2/2). O resultado foi obtido após seu principal oponente, Renan Calheiros (MDB-AL), abandonar a disputa revoltado com a declaração de votos durante a sessão secreta e ao perceber que fora traído: não teria todos os votos prometidos pelo PSDB, entre outros aliados.

Com Renan fora do páreo, Alcolumbre só precisou manter os votos que já lhe eram prometidos. Ele superou outros cinco políticos na disputa: Esperidião Amin (PP-SC), com 13 votos; Renan Calheiros, que mesmo fora ainda recebeu 5 votos; Angelo Coronel (PSB-BA), 8; José Antônio Reguffe (sem partido-DF), 6; e o ex-presidente Fernando Collor de Mello, que teve 3 votos.

Em seu primeiro discurso como presidente do Senado, o democrata afirmou: “Estamos aqui para servir o povo brasileiro e não para nos servir dele”, disse. E garantiu a Renan Calheiros: “Ele terá o mesmo tratamento que os demais partidos devem ter”.

Veja como foi a transmissão ao vivo do Metrópoles:

 

Veja imagens do momento da desistência de Renan Calheiros, que tentava eleger-se presidente do Senado pela quinta vez:

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O senador é cercado por aliados, mas abandonou o plenário
Renan se revoltou com declarações de voto, embora a votação seja secreta, por determinação do STF
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Renan deixa tribuna, após anunciar desistência

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O senador é cercado por aliados, mas abandonou o plenário

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Renan se revoltou com declarações de voto, embora a votação seja secreta, por determinação do STF

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Mais de 24h de impasse
A sessão que levou Alcolumbre à vitória, contudo, começou um dia antes, na sexta-feira (1º), logo após a posse dos senadores dessa legislatura. Porém, não houve consenso sobre a condução dos trabalhos e se a votação seria fechada ou aberta.

Renan Calheiros e aliados, como a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), pressionaram bastante Alcolumbre por ser candidato e conduzir os trabalhos. A situação piorou após os senadores aprovarem, por 50 votos a 2, que a eleição seria por votação aberta, e não secreta – o que beneficiaria Renan. A sessão foi adiada para este sábado após muito bate-boca e um frágil acordo costurado: em vez do democrata, o decano da Casa, João Maranhão (MDB-PB), conduziria os trabalhos pela manhã, mas desde que houvesse consenso e a votação fosse aberta.

Neste sábado, logo cedo, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, “melou” o acerto, ao determinar votação secreta para a escolha da nova Mesa Diretora, o que levou Alcolumbre e mais 13 parlamentares a se reunirem, a partir das 7h e até depois das 11h, para decidir o que fazer. Sabiam que, com voto secreto, os políticos que não querem se associar aos enroscos judiciais de Renan Calheiros poderiam aderir à tentativa de o emedebista se eleger pela quinta vez presidente do Senado.

“Meu coração clama por rebeldia contra a decisão do Toffoli, mas não vou estacionar um jipe na porta do Supremo Tribunal Federal”, afirmou o senador Jorge Cajuru (PSB-GO). Até boa parte da sessão, os aliados de Alcolumbre tentavam evitar a eleição da Mesa Diretora neste sábado. A decisão, beneficiava diretamente Renan Calheiros.

Com esse contexto, a votação começou, de forma secreta e com votos em cédulas, pois João Maranhão acatou requerimento neste sentido. A tendência era o Senado só eleger um presidente em segundo turno, pois Alcolumbre contava 41 votos e Renan, 42. Contudo, o pleito foi cancelado: ao conferirem as cédulas preenchidas pelos senadores, os escriturários perceberam haver 82 votos, embora a Casa conte com 81 parlamentares (todos presentes).

Sob a suspeita de fraude e com o plenário exigindo ser ouvido para uma providência, Maranhão decidiu destruir as cédulas e chamar nova eleição. O senador Major Olímpio disse que a situação não ficará assim: promete pedir apuração, com requisição das imagens das câmeras de segurança da Casa, para que seja identificado quem colocou o fatídico voto extra na urna eleitoral, melando o pleito inicial deste sábado.

Retirada
A segunda votação mal começara quando Renan Calheiros surpreendeu a todos, anunciando sua retirada da disputa. “Ontem [sexta], a maioria teve de judicializar a decisão do Senado. É a primeira vez que isso acontece numa casa legislativa. Agora, estamos repetindo uma votação que foi anulada, porque um senador colocou uma cédula dentro de outra cédula”, disse. “Não sou mais candidato”, afirmou Calheiros.

Após falar isso, em tom exaltado, ele deixou o plenário. Embora aliados tenham tentado impedir a continuidade da eleição, o igualmente aliado do senador e presidente da sessão deste sábado, José Maranhão, deu continuidade ao pleito. Até o também candidato Espiridião Amin (PP-SC) ficou contrariado: “Resolvemos fazer uma nova eleição porque um voto estaria fraudado. Agora, a fraude é maior. Peço que se renove a votação”. A votação prosseguiu tumultuada.

Na nova contagem de votos, verificou-se que quatro senadores do MDB deixaram de votar. Além de Renan, os aliados Jader Barbalho, Maria do Carmo e Eduardo Braga, que apoiavam o candidato. Assim, o estreante Alcolumbre se elegeu em primeiro turno, com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e do partido do presidente Bolsonaro, o PSL.

Confira votos da votação deste sábado:

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Alcolumbre mostra seu voto nele mesmo
Governador do DF, Ibaneis Rocha esteve no Senado neste sábado
Ibaneis cumprimenta Renan Calheiros (MDB-AL)
E entrega cartão para a senadora Mailza Gomes (PP-AC)
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Primeira conferência de votos: 82 em vez de 81

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Alcolumbre mostra seu voto nele mesmo

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Governador do DF, Ibaneis Rocha esteve no Senado neste sábado

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Ibaneis cumprimenta Renan Calheiros (MDB-AL)

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E entrega cartão para a senadora Mailza Gomes (PP-AC)

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Luiz Carlos do Carmo (MDB-GO) também ganhou cartão

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Mailza Gomes confere contatos no cartão do governador Ibaneis Rocha

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Alcolumbre ganha flores de Kátia Abreu

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A tranquilidade de Kátia Abreu (PDT-TO) após entregar flores a Alcolumbre (DEM-AP)

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Reguffe prometeu cortar na carne: gastos do Senado e benefícios de senadores

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José Maranhão conduziu eleição no Senado

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Senador Major Olimpio (PSL-SP)

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David Alcolumbre recebeu o apoio de quatro candidatos desistentes: Alvaro Dias, Simone Tebet, Major Olímpio e Tasso Jereissati

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Senador Renan Calheiros

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Renan Calheiros

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Veja imagens da posse e sessão do Senado para a escolha de seus dirigentes nesta legislatura:

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Kátia Abreu (PDT-TO) tenta assumir a condução dos trabalhos no Senado e “confisca” papéis de David Alcolumbre (DEM-AP)
Além de Kátia, Renan Calheiros fazem marcação cerrada sobre Alcolumbre
Senadora Kátia Abre
Plenário do Senado
Jaques Wagner (PT-RJ)
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Renan Calheiros (MDB-AL) pressiona Alcolumbre para deixar a presidência da sessão do Senado

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Kátia Abreu (PDT-TO) tenta assumir a condução dos trabalhos no Senado e “confisca” papéis de David Alcolumbre (DEM-AP)

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Além de Kátia, Renan Calheiros fazem marcação cerrada sobre Alcolumbre

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Senadora Kátia Abre

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Plenário do Senado

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Jaques Wagner (PT-RJ)

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Flávio Bolsonaro (PSL)

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Senador e ex-presidente do Brasil Fernando Collor de Mello

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Paco Britto, vice-governador do DF

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Senador Renan Calheiros

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Simone Tebet (MDB-MS) e Davi Alcolumbre (DEM-AP)

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Plenário do Senado Federal

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Leila Barros (PSB-DF) e Reguffe

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Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP)

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Ciro Gomes investe para formação de frente contra Bolsonaro

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Leila Barros e Izalci (PSDB-DF)

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Irajá Abreu (PSD-TO) e Jaques Wagner

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Durante a cerimônia de posse no Senado Federal, o senador Izalci teve a companhia da família

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Ele foi fotografado ao lado da esposa, Ivone Fernandes, e de sua neta

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Os estreantes no Senado Federal Leila Barros e Izalci Lucas foram alguns dos primeiros a ocupar suas cadeiras no plenário da Casa

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Leila era secretária do DF e vai, pela primeira vez, para o Legislativo

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Rodrigo Rollemberg, ex-Governador do DF

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Leila Barros criticou baixo número de mulheres chefiando embaixadas

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Izalci fez o pedido para inclusão do DF na previsão orçamentária

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O tucano Izalci Lucas saiu da Câmara dos Deputados e assume uma cadeira no Senado

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Leila do Vôlei e Reguffe também integram a bancada do DF no Senado

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Leila Barros, líder da bancada do DF, e Reguffe

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Izalci

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Izalci

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Cerimônia de posse no Senado

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Enrolado no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Flávio Bolsonaro assumiu mandato no Senado e não se pronunciou sobre acusações

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Izalci Lucas deixou a Câmara e assumiu vaga no Senado

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Vice-governador do DF, Paco Britto, prestigiou posse de senadores

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Sem constar na lista de pré-candidatos, Fernando Collor de Mello foi o primeiro a se registrar para disputar comando do Senado

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Renan Calheiros briga para tirar o concorrente David Alcolumbre da presidência da sessão para escolha do próximo comando do Senado

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David Alcolumbre sob pressão de Kátia Abreu e grupo pró-Renan

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Do lado de fora do Congresso, boneco de Renan como presidiário foi inflado por manifestantes

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Mobilização anti-Renan ocorreu na tarde desta sexta-feira (1º/2), no lado de fora do prédio do Congresso Nacional: ele tenta quinto mandato de presidente do Senado

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