Demissão de Levy não atrapalha reforma da Previdência, diz Marinho
Secretário especial do Ministério da Economia minimizou os efeitos de uma possível crise no andamento do texto no Congresso
atualizado
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Após participar de um almoço com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário especial da reforma da Previdência, Rogério Marinho, evitou falar sobre o clima na equipe gerado com a demissão de Joaquim Levy, agora ex-presidente do BNDES. O assunto foi tratado no encontro desta segunda-feira (17/06/2019). “Isso aí [saída de Levy] é com o ministro”, disse Marinho.
O secretário, entretanto, acredita que esse episódio não influenciará no trâmite da reforma da Previdência no Congresso Nacional. O relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) foi apresentado na semana passada e está sob apreciação da Comissão Especial na Câmara.
“A reforma tem vida própria, está na Câmara e já anda sozinha”, afirmou o secretário ao deixar o local.
A reforma tem gerado bate-boca entre Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro de Jair Bolsonaro (PSL) achou que o relatório apresentado por Samuel Moreira faz uma economia insuficiente para os planos do governo. O democrata rebateu as críticas.
O clima entre o parlamentar e o ministro se acirrou nesta segunda-feira, depois do anúncio da demissão de Levy, ocorrida no fim de semana. Maia classificou o episódio como uma “covardia sem precedentes“.
Joaquim Levy pediu demissão após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) dizer que poderia demiti-lo nesta segunda-feira. Isso porque o chefe do Executivo nacional pediu para que ele tirasse do cargo o novo diretor de Mercado de Capitais da instituição financeira, Marcos Pinto, considerado pelo chefe do Planalto como alguém “suspeito”.