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“Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo”, diz Mourão

Durante agenda no Sul do país, vice de Jair Bolsonaro também chamou Carta Magna de 1988 de “erro”

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1 de 1 GeneralMourão03-e1446200590662 - Foto: Reprodução

Em agenda de campanha em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (13/9), o candidato à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), defendeu que o Brasil precisa de uma nova Constituição, mas elaborada por “notáveis” e aprovada em plebiscito pela população, sem a eleição de uma Assembleia Constituinte. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo a reportagem, o candidato declarou que a elaboração da última Constituição brasileira, de 1988, por parlamentares eleitos, “foi um erro”, e defendeu uma nova Carta Magna, criada por “grandes juristas e constitucionalistas”.

“Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo. Já tivemos vários tipos de Constituição que vigoraram sem ter passado pelo Congresso eleitos”, declarou, defendendo que esse tipo de documento, sem a participação de eleitos, já esteve em vigor em períodos democráticos do país, não apenas durante a ditadura.

Ainda de acordo com o Estadão, Mourão esclareceu que essa é uma opinião pessoal, não representando as ideias do cabeça de chapa, Jair Bolsonaro. “Teria que partir para a reforma de todas as reformas. Teríamos que ter uma nova Constituição, mas, no momento, julgo que isso é uma coisa muito difícil de a gente conseguir. Então, a regra é clara: partir do mais fácil para o mais difícil”, disse.

O postulante a vice presidente acrescentou que esse novo texto constitucional deveria ser “enxuto”, a exemplo do norte-americana. “O restante, como o horário de trabalho do bancário, o juro tabelado, essas coisas, isso (deve estar) em lei ordinária, porque muda de acordo com os valores e o tempo”, defendeu.

Segundo O Estado de S.Paulo, Mourão afirmou que a campanha de sua chapa foi prejudicada com o atentado à vida de Bolsonaro, e revelou também ter recebido reforço na segurança após o crime, registrado no dia 6, durante agenda de campanha em Juiz de Fora (MG). Desde então, o general tem usado coletes à prova de balas. Mas garantiu: o presidenciável estará pronto “para liderar o processo” eleitoral dentro de três semanas, embora ainda impedido de participar das agendas de rua pelo país.

 

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