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Código eleitoral dá condições para Lula disputar eleição, diz Haddad

Ex-prefeito de SP afirmou que não existe um “plano B” no PT para substituir nome do ex-presidente na corrida pelo Planalto

atualizado

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Tiago Queiroz/Estadão
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1 de 1 haddad - Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Dentro do Partido dos Trabalhadores não existe um plano B voltado para a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde o dia 7 de abril, ao Palácio do Planalto no pleito de 2018, disse nesta segunda-feira (30/7) o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

“Vocês, jornalistas, estão trabalhando com um cenário e nós, com outro. Estamos trabalhando com o Código Eleitoral, que, em seu artigo 16 A, dá total condições de o Lula enfrentar a campanha, mesmo que haja por parte dos nossos adversários um pedido de impugnação”, declarou Haddad.

De acordo com o ex-prefeito, com base na legislação eleitoral que dá amparo ao registro da candidatura de Lula, o PT levará o nome do ex-chefe do Executivo nacional até o fim. Indagado se aceitaria ser o candidato do partido, caso Lula seja impedido de concorrer, Haddad disse que “essa discussão não foi e não será aberta dentro do PT”.

Questionado pela reportagem sobre o fato de o PT, um dos maiores partidos do país, não trabalhar com mais de um cenário numa situação como essa – já que para alguns especialistas em direito eleitoral, Lula deverá ser impedido de concorrer ao Palácio do Planalto neste pleito, com base na Lei da Ficha Limpa –, Haddad retrucou: “Esta é a resposta mais sincera que posso te dar: nós nunca discutimos internamente um cenário sem o Lula. E é ele quem está conduzindo o processo. E eu, como seu parceiro e advogado, vou lutar pelo seu registro.”

Rombo fiscal
O programa de governo do Partido dos Trabalhadores, que deve ser concluído na próxima semana, considera usar parte das reservas externas em dólares do país para fazer frente ao rombo nas contas publicas. Foi o que informou Haddad ao chegar à sede do Banco do Brasil, na Avenida Paulista, onde fica o escritório representativo do Ministério da Fazenda.

O ex-prefeito de SP, que está reunido com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse ser preferível lançar mão de parte das reservas a ter de aumentar impostos.

“Em 2002, a crise também era grave, o dólar chegou ao patamar de R$ 4 e o presidente Lula não aumentou impostos. E não tínhamos reservas”, disse, acrescentando em resposta ao Broadcast, que o programa do PT considera a utilização de uma pequena parte das reservas.

Fernando Haddad disse que foi convidado por Guardia e Ilan para conversarem sobre a situação econômica do país e que não poderia recusar o convite. “A equipe econômica tem feito reuniões com os representantes dos candidatos justamente para apresentar o quadro da economia brasileira para orientar o debate. Acho proveitoso que se faça isso, para que as pessoas tomem conhecimento com transparência do que está acontecendo e cada candidato, evidentemente, vai apresentar sua solução”, pontuou o ex-prefeito, para quem o convite é muito adequado para esse momento de transição.

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