Comando integrado das eleições vai focar combate a fake news
Unidade foi inaugurada na manhã desta segunda-feira (1º/10)
atualizado
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Inaugurado na manhã desta segunda-feira (1º/10), em Brasília, o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições 2018 (CICCE), da Polícia Federal (PF), vai funcionar como sede das ações para monitorar, em tempo real, demandas de apurações referentes a crimes eleitorais autorizadas pela Justiça Eleitoral.Um dos focos da ação é centralizar informações sobre produção e disseminação de fake news.
Durante o ato de inauguração, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, destacou o caráter de integração dos trabalhos dos órgãos envolvidos na segurança do processo eleitoral. “Não é de agora que a PF e os demais órgãos estão cuidando deste período de eleições”, afirmou. O centro de comando tem a função de “zelar pela vontade do povo brasileiro”, ainda de acordo o ministro.
Já o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, destacou as particularidades do período eleitoral para a atuação da PF. “Pela primeira vez, temos os órgãos aqui. Não tenho dúvida que será um grande sucesso. Situações nacionais estratégicas necessitam de integração. É isso que temos feito”, disse.
A Polícia Federal também contará com uma interlocução mais rápida e direta com o Ministério Público em caso de crimes eleitorais. “A PF percebeu que a última semana antes do pleito é o período mais crítico, disse o delegado Thiago Borelli, ao destacar que há um maior fluxo de crimes no âmbito das eleições principalmente na véspera da votação.
“Temos que estar aptos a atender e contaremos com participação de vários órgãos”, acrescentou, mencionando órgãos como Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Forças Armadas, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), entre outros.
Durante a entrevista, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, enfatizou a necessidade de atuação da Justiça Federal antes de dar início às investigações no âmbito de crimes eleitorais.
“Precisamos de uma autorização prévia para atuar. Se houver determinação judicial, podemos derrubar páginas na internet com fake news”, disse o dirigente. “Depois de receber demanda, a PF deve repassar ao Ministério Público e a Justiça Eleitoral para, então, ter autorização e dar início à investigação”, completou.
O CICCE tem como base a capital brasiliense, mas a unidade receberá dados de investigações de todo o país. O centro apoiará os gabinetes de gestão integrada regionais para solucionar eventos críticos e monitorar atividades em todo o território nacional.
A unidade funciona a partir desta segunda até domingo (8/10), quando ocorre o pleito em primeiro turno, e, posteriormente, do dia 22 até 28 de outubro, quando tem fim o processo eleitoral em segundo turno. O CICCE é integrado por 14 instituições e órgãos parceiros para auxiliar a atuação da PF, entre eles, a polícia judiciária eleitoral e a Justiça Eleitoral.