Carlos Bolsonaro: não haverá mudança rápida “por vias democráticas”
O vereador carioca pelo PSL, filho “02” do presidente Jair Bolsonaro, deu a declaração na noite desta segunda-feira no Twitter
atualizado
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O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL), filho “02” do presidente Jair Bolsonaro e apontado muitas vezes como tendo grande influência sobre o pai, foi ao Twitter na noite desta segunda-feira (09/09/2019) para exaltar o governo federal e atacar o que chamou de “enredo contado por grupelhos”, que estaria fazendo com que os avanços fossem ignorados. Logo depois, completou, com uma avaliação de que, “por vias democráticas”, as mudanças que os novos donos do poder gostariam de ver implantadas não acontecerão com a velocidade desejada.
“O governo Bolsonaro vem desfazendo absurdos que nos meteram no limbo e tenta nos recolocar nos eixos. O enredo contado por grupelhos e os motivos cada vez mais claro$ lamentavelmente são rapidamente absorvidos por inocentes. Os avanços ignorados e os malfeitores esquecidos”, escreveu, alfinetando (mais uma vez) a atuação da imprensa.
Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 9, 2019
Em menos de uma hora o tuíte chegou a quase seis mil curtidas e mil retuítes. Nos comentários, a maior parte era de bolsonaristas apoiando a avaliação do vereador carioca, mas cobrando que o irmão senador, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), assinasse a chamada CPI da “Lava Toga”, destinada a investigar possíveis irregularidades no Judiciário brasileiro.
A pauta de ataque ao Judiciário, especialmente a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que os adeptos de Bolsonaro identificam como ligados à esquerda, aparece repetidamente desde o início do governo como aspiração dos apoiadores do novo presidente.
Alguns seguidores de Carlos, contudo, apontaram que a avaliação dá a entender que o político apoia uma guinada autoritária em nome da realização das transformações no país que acreditam ser imprescindíveis.