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Carlos Bolsonaro pede celeridade da PF em investigação sobre hackers

No Twitter, vereador dos PSC do Rio reclamou da demora da corporação em apurar o atentado à faca sofrido pelo pai, Jair Bolsonaro

atualizado

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Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Carlos Bolsonaro
1 de 1 Carlos Bolsonaro - Foto: Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), disse esperar que a Polícia Federal não dê à investigação dos ataques de hackers aos celulares de integrantes da força-tarefa da Lava Jato e do ministro Sergio Moro o “mesmo ritmo e linha” que deu à tentativa de assassinato do pai dele.

O comentário foi feito no perfil do Twitter do parlamentar na última quarta-feira (12/06/2019).

Carlos já havia abordado o caso no dia 9, após divulgação de uma nota em que a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná indicou que os participantes do grupo tinham sido “vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes”.

Horas após a publicação do texto do MPF, o vereador compartilhou um comentário do senador Alessandro Viera (Cidadania), que dizia que o objetivo do ataque era “claro”, de “tumultuar processos e investigações, barrando o combate à corrupção no Brasil”, sendo as “táticas hackers” mais uma etapa dessa guerra.

A nota da procuradoria indicava que um hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores, “tendo havido ainda a subtração de identidade’ de alguns integrantes da força-tarefa em Curitiba. O texto dizia ainda que ‘foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho”.

O texto reagia às reportagens do site The Intercept Brasil, que divulgou na tarde do mesmo dia o suposto conteúdo de mensagens trocadas pelo então juiz federal Sergio Moro e por integrantes do Ministério Público Federal, como o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.

Em entrevista ao Estado sobre o ataque cibernético e o vazamento de diálogos, Moro disse que o país está diante de “um crime em andamento”, promovido, conforme avaliação, por uma organização criminosa profissional.

As investigações
Em maio a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar ataques feitos por hackers aos celulares de procuradores da República que atuam na força-tarefa da Lava Jato. A apuração teve início após uma notificação enviada pelos procuradores à PF.

Já no início de junho outra investigação foi aberta para apurar ataques ao celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defende que a investigação em relação aos ataques cibernéticos criminosos contra membros do Ministério Público Federal seja unificada.

Em ofício encaminhado na última quarta (12/06/2019), ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, Raquel afirma “considerar necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer, além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um ataque cibernético sistemático contra membros do MPF, principalmente aqueles que atuam nas Forças-Tarefas da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba”.

A facada
Nessa sexta (14/06/2019), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que tomará providências sobre a decisão que absolveu Adélio Bispo de Oliveira em ação penal referente à facada no então candidato à Presidência, em setembro de 2018.

O juiz federal Bruno Savino, de Juiz de Fora, converteu a prisão preventiva de Adélio em internação provisória e o manteve na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). O autor da facada foi considerado inimputável.

Para Bolsonaro não há “dúvida” de que acertaram com Adélio uma tentativa de assassinato. “A gente sabe que o circo é armado, tentaram me assassinar sim. Eu tenho a convicção de quem foi, mas não quero falar porque não quero fazer um pré-julgamento de ninguém”, disse o presidente a jornalistas.

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