Cabral tinha camarão, bolinho de bacalhau, queijos e iogurte na cadeia
Segundo o MP, os alimentos eram não só para Cabral, mas para presos da Operação Lava Jato no Rio que estão em Benfica
atualizado
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Uma vistoria do Ministério Público do Rio realizada na tarde desta sexta-feira (24/11) na Cadeia Pública José Frederico Marques encontrou alimentos proibidos que haviam sido levados para consumo do ex-governador Sergio Cabral Filho (PMDB). Havia camarão, bolinhos de bacalhau e queijos, além de iogurtes e refrigerantes – parte com o nome do ex-governador. A informação foi divulgada pela “Globonews”.
O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, que concentra os casos da Lava Jato no Rio, disse à reportagem que não recebeu a informação sobre a irregularidade oficialmente.
A vistoria foi feita pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP do Rio, e os alimentos apreendidos estão sendo encaminhados ao Instituto de Criminalistica Carlos Éboli, na Cidade da Polícia. Segundo o MP, os alimentos eram não só para Cabral, mas para presos da Operação Lava Jato no Rio que estão na Cadeia Pública José Frederico Marques. Foram encontrados, além de camarão, bolinhos de bacalhau, queijos, iogurtes e refrigerantes, também castanhas e frios diversos.
A Secretaria de Administração Penitenciária não comentou o assunto ainda, tampouco a defesa de Cabral. Também estão presos na unidade a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, um grupo de presos da Lava Jato, e ainda o ex-governador Anthony Garotinho (PR), a ex-governadora Rosinha Garotinho, o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi (os três do PMDB).
O MP está investigando por que a Seap não incluiu fotografias nos cadastros de Cabral, Picciani, Melo e do ex-secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes. Eles foram fotografados com o uniforme do sistema, mas as imagens não constam do cadastro, como acontece com os outros presos.