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Bolsonaro volta a culpar Witzel por operação contra Queiroz e ex

Ministério Público do Rio de Janeiro fez buscas em endereços ligados ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro na portaria do palacio do Alvorada
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro na portaria do palacio do Alvorada - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se irritou nesta quinta-feira (19/12/2019) com questionamentos sobre operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que fez buscas em endereços ligados ao ex-assessor Fabrício Queiroz e à ex-mulher, Ana Cristina Siqueira Valle. “Perguntem para o advogado”, repetiu o presidente ao ser perguntado sobre o caso.

Bolsonaro voltou a atribuir a condução das investigações que envolvem o filho e senador, Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Na opinião do presidente, Witzel usa o poder sobre o MP estadual para prejudicá-lo.

“Vocês sabem do caso do Witzel comigo. Vocês sabem do caso do Witzel, foi amplamente divulgado aí. A inteligência [Agência Brasileira de Inteligência] levantou. Já foi gravada conversa entre dois marginais citando o meu nome para dizer que eu sou miliciano”, comentou Bolsonaro.

Sem citar o nome do filho investigado no esquema de “rachadinha” identificado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o atual senador Flávio Bolsonaro, o presidente desconversou, argumentando ter sido acusado de racismo por muitos anos, o que, segundo ele, não se confirmou.

“Meu Deus do céu. Vamos falar do meu caso, eu respondi por racismo por três anos. Vocês todos desceram a pancada em mim. Depois chegou-se à conclusão de que a fita foi editada”, disse o presidente. “Muita gente me queria na cadeia por racismo”, disse Bolsonaro.

Diante da insistência da imprensa em falar sobre o assunto, Bolsonaro respondeu. “Não acho nada. Eu respondo por mim”, disse.

O presidente ainda lembrou da presença registrada no plenário da Câmara no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco e da acusação constante nas investigações do MP de que um dos suspeitos teria chegado ao condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente morava, horas antes do atentado para visitá-lo.

“Ainda querem achar que eu estou no caso Marielle. Quarenta minutos após a ligação do porteiro, que não foi para a minha casa, eu estava em Brasilia. Não estava lá”, argumentou. Se alguém tivesse que matar a Marielle, vamos supor que João quisesse matar a Marielle, ele estaria em Roraima naquele dia”, apontou o presidente, antes de encerrar a entrevista e entrar no carro rumo ao Palácio do Planalto.

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