Bolsonaro volta a caminhar pelo hospital, mas sem data para alta
Presidente continua na unidade semi-intensiva, com dreno para retirada de líquidos do abdome e recebendo antibióticos por via endovenosa
atualizado
Compartilhar notícia
Enviada especial a São Paulo (SP) – O presidente Jair Bolsonaro (PSL) permanece internado em unidade semi-intensiva no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, com quadro clínico estável, sem dor ou febre e com melhora dos exames laboratoriais e de imagem. As informações são do boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira (6/2).
Ainda não há data prevista para a alta hospitalar, segundo o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros. Também já houve sinalização, por parte da equipe médica, de que o ritmo de trabalho em Brasília deverá ser restabelecido gradativamente após sua liberação. “Ele quer sair de cabeça erguida, andando naturalmente e completamente recuperado desse atentado tão doloroso para o país e para ele como pessoa que o sofreu”, afirmou.
Conforme antecipado em sua conta no Twitter, Bolsonaro voltou a caminhar pelos corredores do hospital depois de dois dias sem fazer esse exercício. Foram realizadas duas caminhadas, com duração de 5 a 8 minutos, de acordo com o porta-voz. “O estado de saúde do presidente evolui como o esperado. Hoje, ele caminhou algumas vezes, realizou exames e atividade respiratória”, disse Rêgo Barros.
O presidente continua com sonda nasogástrica, dreno para retirada de líquidos do abdome e recebendo antibióticos por via endovenosa. Está ingerindo líquidos por via oral, em associação à nutrição parenteral.
Para os próximos dias, existe a possibilidade de que haja ingestão de outras bebidas além de água, além da possível retirada do dreno. As visitas ainda estão restritas aos familiares e assessores mais próximos. Bolsonaro não perdeu peso e tem nível de leucócitos “dentro da normalidade”, segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República. Nesta quarta, o presidente conversou sobre sua saúde com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, por telefone.
Bolsonaro está em tratamento depois de ter sido submetido a uma cirurgia no intestino, no dia 28 de janeiro. Na ocasião, foi retirada a bolsa de colostomia usada desde o atentado à faca sofrido na campanha eleitoral, no dia 6 setembro de 2018. Durante a internação, ele conduz o Executivo federal de um gabinete improvisado na antessala do quarto onde se recupera.
Evolução no hospital
De domingo (3/2) para segunda-feira (4), o presidente ficou febril (37,3 ºC) e houve alteração em alguns exames laboratoriais. Foi constatado líquido no local em que estava a bolsa de colostomia e, após procedimento de punção na segunda-feira, um dreno foi colocado no abdome. Na noite de domingo, ele iniciou um tratamento com antibióticos para evitar infecções. Como a medicação será feita por sete dias, a alta hospitalar só deve acontecer depois de 10 de fevereiro.
Procedimento cirúrgico
O procedimento realizado no dia 28 de janeiro foi comandado pelo médico gastroenterologista Antonio Luiz Macedo. O presidente da República está internado desde o dia 27 e deve permanecer no hospital até a completa recuperação. Até o dia 29 de janeiro, o general Hamilton Mourão comandou o Palácio do Planalto como presidente em exercício.
Esta foi a terceira vez que Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia desde que levou uma facada na barriga, no dia 6 de setembro de 2018. O atentado aconteceu durante agenda da campanha presidencial em Juiz de Fora (MG). Adélio Bispo, responsável pelo crime, foi preso minutos depois e está detido no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS).
Confira o boletim médico desta quarta-feira (6/2):