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Bolsonaro sobre fundo eleitoral: “Bomba estourando no meu colo”

Presidente pretende evitar conflitos com o Congresso e indicou mais uma vez a sanção do fundo de R$ 2 bilhões

atualizado

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Myke Sena/Especial para o Metropoles
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta sexta-feira (03/01/2020), que o fundo eleitoral é uma “bomba estourando no colo”, mas que pretende evitar conflitos com o Legislativo, indicando mais uma vez que sancionará o fundo de R$ 2 bilhões aprovado pelo Congresso.

Por outro lado, o mandatário do país está preocupado com a recepção do ato pela população, uma vez que ele se colocou publicamente contrário ao uso de dinheiro público para custeio de campanhas eleitorais. O principal argumento é que, ao vetar o dispositivo, ele pode incorrer em crime de responsabilidade, previsto na Constituição Federal.

“O fundo eleitoral, pessoal, é de 2017. O valor tem que estar de acordo com a legislação. Assim fez o TSE. É uma consequência. Eu não vi ninguém ser contra o fundão em 2017. A imprensa apoiou, inclusive, dizendo que ia acabar a interferência da iniciativa privada nas eleições. Agora, está estourando no meu colo essa bomba. Eu sou escravo da Constituição, assim como vocês, como todo brasileiro”, declarou, ao deixar o Palácio da Alvorada.

Bolsonaro incentivou, ainda, que a população deixe de votar em candidatos que fizerem uso do fundo público para a campanha de 2020.

“Eu não sou o presidente que pode fazer o que quer. Eu tenho balizas. Eu fiz um juramento e assumi respeitar a Constituição. Quem não quer o fundo partidário, tinha que ter brigado lá atrás. Agora, eu estou vendo uma campanha na internet muito salutar: não vote em quem use o fundão neste ano”, disse.

Outra possibilidade, segundo o presidente da República, é criar um projeto para que os partidos possam doar o dinheiro do fundo.

“Eu não quero briga com o Parlamento, eu quero a solução para o Brasil. Se tiver oportunidade, eu quero apresentar um projeto ou o próprio parlamento fazer um projeto que o dinheiro do fundão, os partidos possam usá-lo por exemplo, para as Santas Casas, para reformar uma escola, para fazer uma ponte. Aí, sim, eu acho que estaria sendo bem usado esse recurso”, completou.

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