Bolsonaro reclama de “tanta oposição”: “Difícil manter a linha”
O presidente afirmou que “por um milagre” o país conseguiu mudar o governo e citou a Venezuela como mau exemplo a não ser seguido
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a criticar o regime venezuelano, nesta quinta-feira (16/01/2020), e disse que, no Brasil, “não é fácil manter a linha com tanta oposição”. Para ele, foi um “milagre” o país ter conseguido mudar o governo.
“É gente que pensa como a elite política venezuelana pensa. Alguns querem que a gente mude o Brasil de uma hora pra outra. Pegamos um Brasil destruído, sem futuro quase. Mas tive um duplo milagre: a minha vida e a eleição”, afirmou o presidente.
Para o chefe do Executivo federal, o país ainda tem “um longo caminho pela frente” antes de melhorar. “Não queiram estar no meu lugar. Lá atrás, os últimos presidentes gostavam muito de pobre. Estavam transformando o Brasil em um país de pobres. Iguais. Nós queremos a igualdade por cima, e não por baixo”, declarou.
Política nefasta
Bolsonaro recebeu um coral composto por crianças venezuelanas. Elas vieram de Pacaraima, Roraima, para fazer uma apresentação ao presidente. Na ocasião, o militar da reserva criticou a situação no país vizinho.
“Eu vou aproveitar a oportunidade para mostrar ao Brasil como pode um regime destruir uma nação. Temos aqui uma garotada venezuelana, fruto da ditadura, do regime socialista que começou a ser imposto lá atrás”, disse. E continuou: “Um país rico em petróleo, ouro e outras coisas, que passou a lidar com a política nefasta de Chávez e Maduro e hoje é um povo sofrido”.
O presidente ainda comparou os salários mínimos do Brasil e da Venezuela. “O salário mínimo na Venezuela foi a R$ 15. E estão descendo o cacete no nosso, que foi pra R$ 1.039. É pouco, mas é o que podemos pagar”, avaliou Bolsonaro.
Ele ainda deixou um recado: “Eu só peço aos brasileiros que pensem no seu país, para não chegar à situação dessa garotada”.