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Bolsonaro quer investigar Polícia Civil do Rio e Wilson Witzel

Presidente negou conhecer Élcio Queiroz, um dos suspeitos pela morte da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) 

atualizado

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Clauber Cleber Caetano/PR
26/10/2019 Monumento aos Mártires da Pátria
1 de 1 26/10/2019 Monumento aos Mártires da Pátria - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Enviado especial a Riade (Arábia Saudita) – O presidente Jair Bolsonaro quer investigar os policiais civis responsáveis pelo inquérito que apura a morte da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro. Além disso, ele defendeu que a apuração chegue ao governador fluminense Wilson Witzel (PSC).

Bolsonaro retuitou nesta quarta-feira (30/10/2019) uma postagem de seu filho Carlos que mostraria que não há registro de ligações de interfone para a casa dele no Rio de Janeiro no dia 14 de março do ano passado, quando Marielle foi morta.

“Tem um registro para casa outra. Nos surpreende a Polícia Civil, o delegado que tá fazendo inquérito, ignorar isso e inventar um depoimento, no meu entender por ordem e determinação do governador Witzel pra tentar me prejudicar”, disse Bolsonaro após seu último evento público da viagem para a Arábia Saudita.

“Já conversei com o ministro da Justiça [Sergio Moro]. Nós vamos tomar as providências, logicamente passando pela PGR, para que sejam investigadas essas pessoas que fizeram com que em depoimentos constassem afirmações que apenas atrapalhavam o processo e visavam incriminar o atual presidente da República”, disse ele, que embarca logo mais de volta para o Brasil.

Na portaria do condomínio
Segundo Bolsonaro, Carlos pegou as informações que levou ao Twitter na portaria do condomínio onde o pai tem uma casa, no Rio. O vereador mora no mesmo residencial.

“Pegou os registros, de voz inclusive, para aquele horário que foi feita a ligação. Não foi para casa minha e a voz que apresenta lá está muito longe de ser a minha”, garantiu. A gravação não foi divulgada por Carlos ou pelo presidente.

O presidente acusou o governador do Rio de agir “criminosamente”. “A questão, no meu entender, é uso político por parte do governador Witzel, que agiu, no meu entender, criminosamente. Não só conduzindo para onde queria o inquérito, bem como tendo acesso a um processo que tramitava em segredo de Justiça”.

O presidente já havia acusado mais cedo o governador fluminense de querer usar o caso para se candidatar à presidência da República em 2022. “Tem ambições políticas, mas como não tem competência para aparecer no Brasil, acaba atacando o atual presidente da República”, atacou. Witzel, mais tarde, negou ter conversado com Bolsonaro sobre o tema. “Eu jamais vazei qualquer tipo de documento”, garantiu.

Além do ministro Sergio Moro, segundo Bolsonaro também já foi acionada a Advocacia Geral da União (AGU) para tomar providências: “[O MJ e a AGU] defendem o governo nesses momentos. A medida cabível é pedir uma investigação dos que investigaram o caso Marielle através do MP”, pediu.

Bolsonaro também respondeu uma pergunta sobre uma das pessoas investigadas, Élcio Queiroz, porque há supostas fotos dos dois juntos circulando na internet, mas o advogado do presidente negou que os dois se conheçam.

“Tiro foto com centenas, milhares de policiais no Rio de Janeiro. Por ocasião da campanha, por dia tirava mais de 500 fotografias. Pode ser que tenha foto com ele, mas dentro do condomínio nunca frequentei não somente a casa dele, mas a casa de ninguém”, concluiu Bolsonaro, após encontro com empresários e autoridades da monarquia árabe.

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