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Bolsonaro pede abertura de “caixa-preta” do PSL

Declaração foi dada durante passagem do presidente por São Paulo, nesse sábado (12/10/2019)

atualizado

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Carolina Antunes/PR
07/10/2019 Reunião com Ministro da Defesa, Fernando Azevedo
1 de 1 07/10/2019 Reunião com Ministro da Defesa, Fernando Azevedo - Foto: Carolina Antunes/PR

Durante sua passagem por São Paulo nesse sábado (12/10/2019), onde participou da missa de Nossa Senhora Aparecida, o presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de deixar o PSL e disse que o partido tem uma “caixa-preta” a ser aberta. A declaração foi dada ao portal G1.

“Lógico que existe [possibilidade]. Não vou negar para você. Nós queremos ver se há uma maneira de compor, que é muito difícil, porque a executiva, no meu entender, tem que abrir, tem que ser democrática”, disse.

Bolsonaro lembrou que sua campanha foi paga com arrecadação voluntária. Ele cobrou transparência no PSL. “Minha campanha [foi feita] com R$ 2 milhões, da vaquinha virtual. O partido ganha R$ 8 milhões por mês. É dinheiro público. Por isso, todo mundo precisa saber o que é feito com esse dinheiro. Então é uma caixa-preta que tem que ser aberta aí pelo PSL” afirmou.

Na sexta-feira (11/10/2019), Bolsonaro pediu ao presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, uma relação completa de fontes de receitas, despesas e funcionários, além descrição das atividades dos dirigentes custeadas pelo partido, para uma auditoria externa. Em contrapartida, Bivar solicitou a inclusão da prestação de contas da campanha de 2018 de Jair Bolsonaro no conteúdo.

Uma crise com o PSL foi exposta na última semana depois que o presidente da República cochichou para um apoiador, na área externa do Palácio da Alvorada, pedindo para que ele esquecesse o partido. Diante da insistência do rapaz em gravar vídeo vinculando sua imagem à de Luciano Bivar, Bolsonaro disse que o presidente da sigla estava “queimado para caramba”.

Apesar de ter minimizado o conflito, afirmando que se tratava de uma “briga de marido e mulher”, o mandatário do Brasil demonstrou preocupação com ações do partido que possam impactar sua imagem política.

“Nós queremos é transparência. Eu não quero que apareça um problema no partido e, apesar de não fazer parte da executiva, eu venha ser responsabilizado, como maldosamente têm me responsabilizado pelo que acontece, pelo que aconteceu, em qualquer parte do Brasil, envolvendo o PSL”, disse.

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