Bolsonaro: “Em processo de impeachment, PSL votaria contra mim”
Presidente Jair Bolsonaro comparou briga interna com antigo partido com processo de impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta quinta-feira (06/02/2020) o seu antigo partido, o PSL. Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que durou pouco mais de uma hora, Bolsonaro chamou integrantes da sigla de “traíras”, avaliando que, se ele sofresse um processo de impeachment, o antigo partido votaria contra ele.
A declaração foi feita enquanto o chefe do Executivo assistia ao discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, feito um dia após ele ser absolvido do processo de impeachment no Senado norte-americano.
“Até se tivesse processo de impeachment contra mim, esses traíras votariam contra, apesar de terem sido eleitos graças a minha popularidade, apoio e confiança que tive de você, eleitor brasileiro”, declarou.
“O interesse de uma parte do PSL falou mais alto. Não da cabeça pra cima, mas na região da cintura deles falou mais alto para poder ficar com o partido, com fundão bilionário e esquecer de você, que votou nele por causa das bandeiras que eu tinha”, concluiu.
Bolsonaro comparou a briga interna envolvendo o seu antigo partido com o processo de impeachment que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu. Nessa quarta-feira (05/02/2020), o Senado norte-americano votou por arquivar o processo.
“Também teve um traíra lá [nos Estados Unidos], então, não é privilégio nosso ter traíra na política. Vocês sabem bem o que eu estou falando”, disse o presidente, em aparente referência ao ex-governador de Massachussets e hoje senador por Utah, Mitt Romney, candidato republicano a presidente em 2012 – quando acabou derrotado por Barack Obama, que obteve seu segundo mandato. Romney foi o único republicano a votar para condenar o presidente, colega de partido, pela acusação de abuso de poder.