Bolsonaro diz que Witzel atuou para implicá-lo no caso Marielle
Presidente voltou a disparar contra o governador do Rio de Janeiro e contra a Globo por reportagem sobre porteiro
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou, neste sábado (02/11/2019), a disparar contra veículos de imprensa, com destaque à Rede Globo, por causa da matéria acerca de depoimento de um porteiro do condomínio que o implicou no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. Ele também não poupou críticas ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que acusa de ter vazado as informações do processo para a emissora.
Dizendo que Witzel “só se elegeu graças a Flávio Bolsonaro”, seu filho, senador pelo Rio de Janeiro, Bolsonaro se disse perseguido. “Colou nele o tempo todo. Chegando, em um mês virou inimigo nosso. Começou a usar a máquina do Estado para perseguir a gente. Ele está com o sonho, a obsessão em ser presidente e sou um obstáculo a ser vencido”, criticou.
Witzel, para ele, “manipulou” o caso. “Minha convicção é que ele agiu no processo para colocar meu nome lá dentro”, garantiu.
Ele também declarou, de novo, que o governador teria dito a ele em outubro, no Rio de Janeiro, que o processo contra o presidente estaria no Supremo. Witzel nega.
Bolsonaro também voltou a cobrar espaço na Globo para se manifestar sobre o caso e disse que “não vai perseguir ninguém”, mas que terá rigor na renovação da concessão da Globo, que vencerá durante seu mandato, em 2022. “Vocês têm que estar arrumadinhos para 2022. Não vai dar jeitinho para renovar a concessão de vocês não.”
“Covardemente esperaram eu estar fora do Brasil, naquela madrugada, tinha que enfrentar 300 empresários no dia seguinte, fazem aquela matéria covarde, estou aguardando o espaço de 15 minutos ao vivo. Eu vou para o Rio, São Paulo, Brasília, para falar sobre o caso. Jornalismo covarde, hipócrita, sacana, imprensa o tempo todo, me perseguindo. Eu, minha família, meus amigos”, declarou.
Perguntado se pretende pedir direito de resposta na Justiça à Globo, ele afirmou que se a emissora “tiver vergonha na cara, não espera meu processo”.