Bolsonaro diz que define primeiro escalão do governo até o fim do mês
Presidente eleito foi questionado sobre a futura equipe. General Hamilton Mourão indicou nomes para integrar equipe de transição
atualizado
Compartilhar notícia
Ao chegar para um almoço no Ministério da Defesa, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que ainda analisa nomes para completar sua equipe de governo, mas indicou a perspectiva de concluir a montagem da futura Esplanada dos Ministérios até o fim deste mês.
“Até o fim do mês a gente completa o ministério”, disse. “O que não podemos é anunciar alguém e depois dizer que mudou ou não é mais”, completou o presidente eleito.
Bolsonaro afirmou ainda que contará com a atuação do aliado e senador Magno Malta (PR-ES), candidato à reeleição derrotado, na composição do novo governo. “Não podemos prescindir do apoio dele na formação desse governo”, disse o presidente eleito. Bolsonaro, lembrando que o senador foi cotado para integrar a chapa presidencial que o elegeu.
O presidente eleito também destacou que os militares terão “lugar de destaque” em seu governo, inclusive com a garantia de recursos orçamentários sem contingenciamento. “Acho que nada mais justo, é um reconhecimento às Forças Armadas”, disse.
As declarações foram dadas em sua chegada ao Ministério da Defesa, o primeiro compromisso externo ao Congresso Nacional, em seu retorno a Brasília desde a vitória na eleição presidencial no fim de outubro.
Magno Malta já foi apontado como um provável integrante do primeiro escalão em um governo Bolsonaro, mas pesam contra o senador denúncias e desgastes no meio político, por ter figurado na linha de frente de apoiadores do governos Dilma Rousseff e Michel Temer.
Transição de governo
Eleito vice-presidente na chapa vitoriosa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão indicou quatro nomes de sua confiança para serem integrados à equipe de transição de governo: o presidente do PRTB, Levy Fidelix, o procurador-geral Tamoio Marcondes e os generais da reserva Marco Aurélio, para a área esportiva por ter sido diretor-executivo da Rio 2016, e Paulo Assis, para questões comerciais.
A viagem de Bolsonaro a Brasília marca o início formal das atividades da transição de governo na sede do Centro Cultural Banco do Brasil.