Bolsonaro diz que alto escalão diverge sobre “juiz de garantias”
Figura foi incluída no pacote anticrime aprovado pelo Congresso, O ministro da Justiça, Sergio Moro, recomenda o veto
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, na manhã deste sábado (21/12/2019), que há divergência entre integrantes do alto escalão do governo a respeito da criação do juiz de garantias, incluído no projeto de lei do pacote anticrime pelo Congresso. Esse é, segundo o presidente, o único ponto em discussão.
O chefe do Executivo tem até o dia 3 de janeiro para vetar dispositivos do projeto, mas sinalizou que pode tomar a decisão no início da próxima semana. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, recomenda o veto.
Pouco antes das 9h, o mandatário do país abriu as portas do Palácio da Alvorada para cerca de jornalistas de 15 veículos – entre os quais, o Metrópoles. Durante mais de duas horas de conversa, o chefe do Executivo respondeu a perguntas sobre política, governo e vida pessoal.
“A ideia do Moro é vetar, sim. Tem um debate porque tem outras pessoas, que eu considero tanto quanto o Moro, que são contrárias”, afirmou Bolsonaro. “O juiz de garantias, o que o Moro alega é que a Justiça não tem como bancar mais um juiz na comarca para tratar do assunto” , explicou.
Supervisão
Caso haja provação do presidente da República, o juiz de garantias será responsável pela supervisão de uma investigação e não julgará o caso.
O chefe do Palácio do Planalto citou, como envolvidos no debate, o ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira; da Advocacia-Geral da União, André Mendonça; e da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.