Bolsonaro deve definir Previdência quando tiver alta, diz porta-voz
Presidente está internado desde o dia 27 de janeiro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e ainda não há previsão de liberação
atualizado
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Enviada especial a São Paulo (SP) – O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), só deve definir qual proposta da reforma da Previdência será enviada ao Congresso quando tiver alta médica, segundo informou o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, nesta quarta-feira (6/2). Bolsonaro está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 27 de janeiro, e ainda não há previsão para que ele deixe o local.
“O presidente vai deliberar sobre a Previdência assim que estiver em condições totais de fazer as suas análises, de estabelecer com os seus ministros um padrão e um curso de ação. O tempo desta análise vai depender, naturalmente, da saída do presidente”, afirmou Rêgo Barros.
Nessa terça (5), o porta-voz já havia comentado que Bolsonaro compreende o timing da apresentação do projeto ao Legislativo e trabalha para isso ocorrer com rapidez.
O presidente está em tratamento depois de ter sido submetido a uma cirurgia no intestino, no dia 28 de janeiro. Na ocasião, foi retirada a bolsa de colostomia usada pelo político desde o atentado à faca sofrido na campanha eleitoral, em setembro de 2018. Durante a internação, Bolsonaro conduz o Executivo federal de um gabinete improvisado na antessala do quarto onde se recupera.
Saúde do presidente
Jair Bolsonaro permanece internado em unidade semi-intensiva, com quadro clínico estável, sem dor ou febre e com melhora dos exames laboratoriais e de imagem. As informações são do boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira (6/2).
O presidente continua com sonda nasogástrica, dreno para retirada de líquidos do abdômen e recebendo antibióticos por via endovenosa. Está ingerindo líquidos por via oral, em associação à nutrição parenteral. Para os próximos dias, existe a possibilidade de que haja ingestão de outras bebidas, além de água. As visitas ainda estão restritas aos familiares e assessores mais próximos.
Bolsonaro voltou a caminhar pelos corredores do hospital depois de dois dias sem fazer esse exercício. Foram realizadas duas caminhadas, com duração de 5 a 8 minutos, de acordo com o porta-voz. “O estado de saúde do presidente evolui como o esperado. Hoje, ele caminhou algumas vezes, realizou exames e atividade respiratória”, disse Rêgo Barros.
De domingo (3) para segunda-feira (4), o presidente ficou febril (37,3 ºC) e houve alteração em alguns exames laboratoriais. Foi constatado líquido no local em que estava a bolsa de colostomia e, após procedimento de punção na segunda-feira, um dreno foi colocado no abdômen. Na noite de domingo, ele iniciou um tratamento com antibióticos para evitar infecções. Como a medicação será feita por sete dias, a alta hospitalar só deve acontecer depois de 10 de fevereiro.
Procedimento cirúrgico
O procedimento realizado em 28 de janeiro foi comandado pelo médico gastroenterologista Antonio Luiz Macedo. O presidente da República está internado desde o dia 27 e deve permanecer no hospital até a completa recuperação. Até 29 de janeiro, o general Hamilton Mourão comandou o Palácio do Planalto como presidente em exercício.
Esta foi a terceira vez que Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia desde que levou uma facada na barriga, no dia 6 de setembro de 2018. O atentado aconteceu durante agenda da campanha presidencial em Juiz de Fora (MG). Adélio Bispo, responsável pelo crime, foi preso minutos depois e está detido no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS).