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Bolsonaro ataca imprensa após revelação de servidora fantasma

Presidenciável do PSL insinuou que profissionais de comunicação tentam torná-lo um “criminoso”

atualizado

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) se manifestou nesta terça-feira (14/8) sobre o uso de verba recebida na Câmara dos Deputados para pagar salário de uma funcionária fantasma de seu gabinete. Em sua conta no Twitter, o deputado federal atacou a imprensa, a qual insinuou que profissionais de comunicação tentam torná-lo um “criminoso”.

“Procuraram minha mãe, caluniaram meu pai, reviraram minha infância e agora atacam uma funcionária que, além de sua função, tirava uma renda extra, como qualquer brasileiro humilde. A imprensa tenta me tornar criminoso, mas nem ela acredita, senão estaria me bajulando até na cadeia”, escreveu em sua conta no Twitter.

O capitão reformado do Exército Brasileiro prosseguiu o ataque aos profissionais da imprensa: “Se procurassem dos meus adversários 10% do que já procuraram de minha vida, achariam 1.000% mais do que acharam”, disse. Por fim, Bolsonaro encerra a mensagem dizendo que, se outros candidatos fossem “vasculhados”, quem sabe assim deixariam de encher linguiça nas matérias por não conseguirem mais do que um título subjetivo para derrubar quem não está no sistema”.

A informação de que o parlamentar remunera uma funcionária fantasma foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. Em pleno horário de expediente, a servidora Walderice Santos da Conceição, do Legislativo federal, vende açaí em Mambucaba, distrito de Angra dos Reis (RJ), onde Bolsonaro tem uma casa.

Repórteres da Folha estiveram no local na segunda-feira (13), no horário em que Walderice Santos da Conceição deveria estar na Câmara. Os jornalistas compraram açaí e cupuaçu com ela. Wal, que figura desde 2003 como funcionária do gabinete de Bolsonaro e recebe salário bruto de R$ 1.351,46, afirmou trabalhar todas as tardes na loja de açaí em Mambucaba.

Demissão
Bolsonaro afirmou à Agência Estado que sua assessora parlamentar pediu demissão ainda na segunda (13) pela manhã. Segundo o presidenciável, a servidora solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade.

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