Bolsonaro afirma que conversa por telefone com Merkel foi “produtiva”
O presidente afirmou que, no contato, a chanceler alemã “reafirmou a soberania brasileira sobre a Amazônia”; Macron não foi citado
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) avaliou que o contato telefônico com a chanceler alemã Angela Merkel, na tarde desta sexta-feira (30/08/2019), foi “cordial e franco”, segundo informou a Presidência da República. No Twitter, o presidente classificou a conversa como “bastante produtiva”.
Hoje tive uma conversa bastante produtiva com a Chanceler Ângela Merkel, a qual reafirmou a soberania brasileira na nossa região amazônica. A pedido do Governo Alemão, o Serviço Europeu de Ação Externa foi mobilizado para avaliar a situação das queimadas na América do Sul.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 30, 2019
Por outro lado, durante o telefonema, Bolsonaro manteve o posicionamento conflituoso em relação ao presidente francês, Emmanuel Macron, com quem tem trocado farpas por meio de declarações públicas.
O diálogo ocorre depois que a Alemanha retirou o financiamento ao Fundo Amazônia e Bolsonaro ironizou a atitude, mandando “um abraço à querida Angela Merkel” e dizendo que o dinheiro poderia servir para reflorestamento do país dela.
Na mesma rede social, Bolsonaro afirmou que, a pedido do governo alemão, o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) foi mobilizado para avaliar a situação das queimadas na América do Sul.
Segundo o SEAE, as informações de satélite do Sistema Copernicus demonstram que a área com queimadas no Brasil teve um decréscimo entre janeiro e agosto de 2019, levando-se em conta o mesmo período de 2018, o que prova o compromisso do nosso governo com a questão ambiental.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 30, 2019
Segundo o presidente, o satélite usado pelo Seae mostrou que houve decréscimo nas áreas de queimada entre janeiro e agosto de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior. “O que prova o compromisso do nosso governo com a questão ambiental”, finalizou, no Twitter.
De acordo com uma nota enviada pelo Palácio do Planalto, o presidente agradeceu a Merkel pelos esforços dos países em colaborar com o Brasil no combate às queimadas na Amazônia e a atualizou sobre o atual cenário dos incêndios.
Além de reforçar que não abre mão da soberania brasileira no controle da floresta, o presidente da República reafirmou que seus conflitos com Emmanuel Macron são pessoais. Por conta das divergências entre os dois, o Brasil ainda não aceitou a doação de US$ 20 milhões oferecida pelo G7.
“[Jair Bolsonaro] deixou claro que em relação ao presidente Macron, da República Francesa, sua posição firme tem caráter pessoal em face dos ataques perpetrados por aquele chefe de Estado contra a sua pessoa e contra o nosso país”, diz o texto.