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Bezerra: “Fui vítima de uma operação política para atingir Bolsonaro”

O líder do governo no Senado Federal foi alvo de um mandado de busca e apreensão no gabinete, cumprido pela PF na semana passada

atualizado

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Moreira Mariz/Agência Senado
Fernando Bezerra Coelho
1 de 1 Fernando Bezerra Coelho - Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

O líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), falou pela primeira vez após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso. A ação incluiu busca e apreensão no gabinete do senador na semana passada. No plenário, ele disse ter sido vítima de uma “operação política” realizada para atingir o Congresso Nacional e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

“Uma operação sem o aval da Procuradoria-Geral da República. Ação arbitrária e gravísssima, com grave violação à ordem judicial e à minha pessoa. Fui vítima de uma operação política para atingir o Congresso Nacional e o governo de Jair Bolsonaro, do qual tenho a honra de ser líder no Senado Federal”, afirmou.

O senador sustentou ainda que, durante toda a trajetória política, “nunca sofreu uma condenação jurídica”. Por isso, “não teme as investigações”. “Jamais excedi os limites impostos pela moral e pela ética, mas é estarrecedor o abuso de uma decisão monocrática tomada em completo desacordo com quem está de fato na posição de avaliar a necessidade ou não da produção de prova”, criticou.

Bezerra chegou a insinuar ainda que a decisão da Corte era uma maneira de boicotar o avanço das pautas econômicas do governo no Senado, além de ser uma tentativa de criminalização da política: “Não podemos esquecer que essa operação ocorre no momento em que o Senado avança com a agenda econômica. Está na iminência de votar a Previdência e trabalhando na tributária”.

Operação
A Polícia Federal apontou, na última quinta (19/09/2019), que o senador recebeu R$ 5,5 milhões em propina durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A quantia teria sido desviada de obras públicas, na época em que o senador era ministro da Integração Nacional.

Segundo a PF, os colaboradores narraram a participação do pagamento de vantagens indevidas ao senador, por determinação das empreiteiras OAS, Barbosa Mello, S.A. Paulista e Constremac Construções. O montante total dessas vantagens indevidas chegaria, segundo a polícia, a pelo menos R$ 5.538.000.

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