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Bancada ruralista pressiona e convocação de Meirelles pode ser votada

Há ainda requerimentos para que Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, também seja convocado à CPMI da JBS

atualizado

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Henrique Meirelles
1 de 1 Henrique Meirelles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Está marcada para esta terça-feira (26/9) mais uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS. Na pauta há apenas 15 requerimentos a serem analisados pelos senadores e deputados. Todos são pedidos de informação e quebra de sigilo de executivos e demais envolvidos nas denúncias que pesam contra o frigorífico.

No entanto, há mais de 100 requerimentos ainda não analisados pelos parlamentares e que poderão entrar em votação nos próximos dias. Muitos deles são para a convocação de empresários, autoridades e políticos. Ou seja, se a pessoa não comparecer, poderá ser forçada a ir por meio de condução coercitiva da Polícia Federal (PF). Correm esse risco – caso os respectivos pedidos sejam aprovados pelo colegiado –  dois ministros do governo Temer: da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Fazenda, Henrique Meirelles.

O Metrópoles apurou que, apesar de a CPMI ser quase toda governista, a bancada ruralista pressiona para que a convocação, em especial de Meirelles, seja colocada em votação. O objetivo, no entanto, não seria garantir a presença do ministro para fornecer qualquer tipo de esclarecimento aos parlamentares, e sim para colocar Michel Temer contra a parede. Os representantes do agronegócio no Parlamento querem forçar o Palácio do Planalto a desistir de recorrer do perdão dado pelo Senado aos produtores rurais.

Isso porque o governo pretende ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a resolução da Casa, que perdoou R$ 17 bilhões em dívidas do produtores com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O assunto foi debatido nos bastidores do Encontro Nacional dos Produtores Rurais e do Agronegócio, em São Paulo, nesta segunda-feira (25).

Primeiras oitivas
Como o Metrópoles antecipou, as oitivas da CPMI começam na próxima quarta-feira (27) a partir das 9h. Os primeiros a serem ouvidos serão o advogado Willer Tomaz de Souza e o procurador da República Ângelo Goulart Villela. A dupla é acusada de utilização de cargo público em benefício do grupo JBS. Segundo as investigações, o advogado Willer Tomaz aliciou o procurador Ângelo Goulart para que ele repassasse informações privilegiadas aos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A CPMI da JBS foi tirada do papel no último dia 5, depois que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot passou a investigar a delação premiada dos donos da empresa. Formalmente, a comissão tem o objetivo de investigar contratos da multinacional com o BNDES e o acordo de delação premiada firmado entre os irmãos Joesley e Wesley Batista com o Ministério Publico Federal (MPF).

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