Após troca-troca, delegado da PF assume secretaria da Casa Civil
Ele assume o cargo após uma sucessão de demissões causadas por um voo oficial da FAB que incomodou o presidente Bolsonaro
atualizado
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Após uma dança das cadeiras na Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro-chefe da pasta, Onyx Lorenzoni (DEM), nomearam o delegado Marcos Paulo Cardoso Coelho da Silva como secretário-executivo da Casa Civil.
Marcos Paulo foi alçado ao cargo após a queda José Vicente Santini, demitido na semana passada por Bolsonaro após de viajar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de Davos, na Suíça, à Índia.
O novo secretário-executivo será assessor especial de Onyx. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (07/02/2020). Assinam a nomeação Bolsonaro e Onyx.
Marcos Paulo foi chefe de gabinete do então diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, em 2017. Antes, o delegado estava atuando como assessor especial na Casa Civil e atuou como chefe da Divisão de Assuntos Parlamentares da Polícia Federal.
A polêmica
Em janeiro, Bolsonaro destituiu o então secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, José Vicente Santini, devido ao fato de o subordinado ter viajado à Índia em voo da FAB. O mandatário do país considerou “inadmissível” o deslocamento em avião oficial.
Após a demissão, Santini foi nomeado para outro cargo na Casa Civil. Ele seria assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil. Acabou afastado novamente por meio de um decreto presidencial.
A crise se alongou. Fernando Wandscheer de Moura Alves, que já pertencia à equipe, que ocupou o lugar de Santini e o nomeou a outro cargo, também acabou demitido.