Após perder controle do Coaf, Moro agradece pelos 210 votos recebidos
Sob orientação dos parlamentares do Centrão, por 228 votos o órgão voltou às estruturas do Ministério da Economia
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, agradeceu os 210 votos favoráveis à manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na sua pasta. Sob orientação do Centrão, por 228 votos o órgão voltou às estruturas do Ministério da Economia, em votação da reforma administrativa, nesta quarta-feira (22/05/2019), na Câmara dos Deputados.
“Sobre a decisão da maioria da Câmara de retirar o Coaf do Ministério da Justiça, lamento o ocorrido. Faz parte do debate democrático. Agradeço aos 210 deputados que apoiaram o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o plano de fortalecimento do Coaf“, afirmou Moro logo após a derrota.
Orientaram pela volta do Coaf para a Economia: PP, MDB, PTB, PT, PL (antigo PR), PSB, PRB, PDT, DEM, SDD, PSol, PCdoB e PSC. As lideranças da maioria, da minoria e da oposição também encaminharam a votação neste sentido.
Votaram a favor de Moro, além do PSL, Podemos, Pros, Cidadania, Novo e PV. O líder do governo na Casa, major Vitor Hugo (PSL-GO), fez uma defesa enfática no plenário da Casa pela manutenção do órgão. Ele afirmou que o Estado precisa ser mais eficiente e coerente com as pautas que elegeram Bolsonaro.
“Tem vitórias que representam derrota, tem derrotas que representam vitória. Nós vencemos, vencemos”, afirmou o deputado Bibo Nunes (RS), vice-líder do PSL, após o resultado.
Beija mão
Nessa terça-feira (21/05/2019), o governo começou o dia fazendo gestos públicos ao Legislativo. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), foi ao Congresso para um “beija mão”, expressão usada para exprimir respeito, aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O encontro selou o acordo para a votação da MP 870 e serviu para tentar distensionar mais um mal-estar com o presidente da Câmara Anteontem, Maia anunciou o rompimento das relações institucionais com o líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).
O presidente da Casa disse que o deputado não merece respeito depois de ter divulgado uma charge na qual uma pessoa aparece chegando ao Congresso com um saco de dinheiro na cabeça com a inscrição “diálogo”. O presidente da Câmara deixou de receber Vitor Hugo nas reuniões na residência oficial.
Fase de ajuste
Onyx não quis comentar sobre o futuro de Vitor Hugo na função. O ministro disse que a relação entre Congresso e Planalto está “em fase de ajuste”.