metropoles.com

General Santos Cruz é demitido por Jair Bolsonaro após conflitos

Essa é a primeira baixa de um militar do governo. Ele era Secretário Geral da Presidência da República

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
general carlos alberto dos santos cruz
1 de 1 general carlos alberto dos santos cruz - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Secretário Geral da Presidência da República, general Carlos Alberto Santos Cruz, foi demitido do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Essa é a primeira baixa de um militar do governo.

A saída do ministro foi discutida na tarde desta quinta-feira (13/06/2019) com o Presidente. Segundo informações de fontes palacianas, ele não pediu para sair, foi decisão partiu do presidente. A informação foi transmitida pelo general a seus assessores mais próximos. O motivo está ligado ao maior controle que o general vinha exercendo sobre áreas vitais do Governo e que eram criticadas em outras administrações, como os contratos da Secretaria de Comunicação (Secom) e a gestão da EBC.

Santos Cruz é o terceiro ministro a deixar a gestão Bolsonaro, após as demissões do secretário-geral, Gustavo Bebianno, e do ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.

A principal razão, para além dos conflitos que ele teve com o guru bolsonarista, o escritor Olavo de Carvalho, e com os filhos do presidente, teve a ver com os problemas de relacionamento que ele vinha tendo com o novo secretário da Secom, Fabio Wejngarten, que não quis se subordinar às diretrizes e normas estabelecidas pelo general para ter maior controle sobre as atividades e ações.

Na tarde desta quinta, porém, em audiência na Câmara dos deputados, ele foi bastante elogiado pelos parlamentares. O relacionamento com o Congresso era parte das suas atribuições.

Desde sua entrada no atual governo, o secretário se envolveu em uma série de crises com outros rostos que influenciam o Planalto. Entre eles, o guru presidencial, Olavo de Carvalho, e o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Além do filho do chefe do Executivo e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSL).

O guru bolsonarista chegou a convocar uma hashtag pelo Twitter pedindo a exoneração do ex-ministro Santos Cruz, que ficou entre as mais compartilhadas da rede. No mesmo dia, o general disse que Olavo é um “desocupado esquizofrênico”. Na ocasião, o presidente Bolsonaro assumiu um lado na briga e defendeu Olavo.

Pelo Twitter, Feliciano disse que “Santos Cruz é um infiltrado que trabalha para destruir a revolução conservadora”. Na época, ele ainda compartilhou a hashtag #ForaSantosCruz. O parlamentar criticou o fato de o general defender o controle das redes sociais.

Após uma intensa troca de farpas, porém, Feliciano disse que os dois fumaram o “cachimbo da paz”. A aproximação dos dois teria ocorrido logo após a viagem até Dallas (EUA), na comitiva presidencial.

“Ele foi muito humilde, fez um estudo imenso para me mostrar e me fez compreender que ele pensa o Brasil de Bolsonaro”, disse o deputado, completando que só um pedido foi feito ao general: “Os evangélicos só querem que ele proteja a família tradicional”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?