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Após 3h de reunião, Senado não chega a consenso sobre CPI da Lava Toga

Agora a Casa vai aguardar um parecer técnico para saber se de fato pode investigar algumas ações dos magistrados do país

atualizado

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1 de 1 Alcolumbre3 - Foto: Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A reunião de líderes partidários do Senado Federal, que acontece tradicionalmente às terças-feiras, durou mais de três horas nesta tarde (19/3). Durante todo o tempo, os demais assuntos foram deixados de lado e os parlamentares discutiram a necessidade – ou não – da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito batizada de CPI da Lava Toga.

Isso porque, mais cedo, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE) protocolou um novo pedido de abertura da CPI, que tem como objeto a investigação de ações e integrantes do Judiciário brasileiro. A ação se deu após ele conseguir o apoio de 29 parlamentares – era necessário ao menos 27 assinaturas, ou seja, 1/3 do total de senadores para realizar o pedido.

Depois de três horas de conversa, porém, os parlamentares deixaram a reunião sem chegar a um consenso. “Existe um questionamento em relação aos fatos determinados, ou seja, para as razões de se formar uma CPI. Para alguns consultores parlamentares, para boa parte dos senadores, há o entendimento de que algumas das razões apontadas no pedido são papel do Judiciário e não podem ser investigados”, afirmou o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Agora, os líderes vão aguardar um parecer dos advogados do Senado a respeito dos 13 fatores apontados no pedido de instalação da CPI da Lava Toga. Com isso, eles esperam saber quais ações dos magistrados podem e quais não podem ser investigadas pela Casa.

“Para não corrermos o risco de termos uma decisão judicial depois, estamos buscando o apoio dos consultores do Senado”, completou Alcolumbre.

Presidente é contra CPI
Na tarde desta terça, o presidente do Senado disse ainda que vai seguir as regras estabelecidas pelo regimento da Casa e não vai temer “a relação política” com os demais parlamentares para instalar a CPI. Na noite de segunda-feira (18), Alcolumbre afirmou, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que a instalação da comissão “não faria bem ao Brasil”.

“Diante do impasse, de que alguns itens podem conter vícios, eu vou tomar a providência que o presidente precisa tomar: se não houver fatos determinados corretos, eu vou autorizar o recolhimento de novas assinaturas antes de instalar a CPI”, completou o democrata. Ainda segundo ele, não está em cogitação o pedido de arquivamento do pedido da comissão da Lava Toga.

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