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Ao sair da PF, Haddad diz que Lula não quer indulto, mas ser absolvido

O candidato declarou não pensar em cargos para o ex-presidente, mas diz que ele estará sempre presente nas decisões de seu governo

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Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), nesta segunda-feira (17/9), o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, rechaçou a ideia de conceder indulto a Lula, caso vença as eleições de outubro. Segundo ele, durante a visita, o líder petista recusou a hipótese de sair da prisão por meio de um decreto presidencial.

De acordo com o candidato, Lula não quer ser solto, mas absolvido por falta de provas no processo em que foi condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Lava Jato.

Ele [Lula] reitera que não troca a liberdade pela dignidade dele e tem a convicção de que as Cortes superiores do Brasil e os fóruns internacionais vão atestar sua inocência no processo pelo qual foi condenado, porque não há provas, não há sequer indícios de que se tenha cometido um crime

Fernando Haddad, após visitar Lula na cadeia nesta segunda

O ex-presidente está preso desde o dia 7 de abril devido à sua condenação, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no processo que apura denúncias de corrupção envolvendo um apartamento triplex localizado no Guarujá, litoral de São Paulo.

Impedido de se candidatar pela Justiça Eleitoral, Lula passou para Haddad a tarefa de ser o candidato do PT ao Palácio do Planalto na chapa que tem como vice a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS).

O alerta sobre a possibilidade de Haddad conceder a Lula o indulto, prerrogativa do presidente da República, foi feito pelo candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro – que está internado desde o dia 6 de setembro, após ter sofrido um atentado a faca durante um ato de campanha em Minas Gerais.

“Grande conselheiro”
Lula tem acompanhado a campanha pela televisão, as entrevistas e as declarações feitas por Fernando Haddad, inclusive sobre os questionamentos a respeito de uma possível participação do ex-presidente em uma eventual gestão petista. De acordo com o presidenciável, Lula aprovou a condução da campanha quanto aos assuntos abordados até agora.

Além de negar a intenção de tirar o ex-presidente da prisão, Haddad ainda reforçou a ideia de que o líder petista seria o “grande conselheiro” de seu governo, embora não pense em dar a Lula algum cargo.

“Temos o diagnóstico [de] que o Brasil precisa de nosso governo e do Lula orientando, como um grande conselheiro. Não temos nenhum problema em relação a isso. Enquanto os outros partidos escondem seus dirigentes, nós temos um orgulho muito grande dos nossos. Ele estará conosco permanentemente, não há nenhuma dificuldade em assumir isso”, disse Fernando Haddad.

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