Análise: se a oposição não reagir, Bolsonaro leva de novo em 2022
Presidente segue com apoio de 30% da população, índice suficiente para chegar favorito na disputa pela reeleição daqui a três anos
atualizado
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Perto de completar um ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demonstra vigor político para disputar a eleição de 2022 na condição de favorito. Essa é a realidade a ser enfrentada pela oposição.
Apesar do desgaste do governo provocado por trapalhadas e erros, o presidente preserva um naco expressivo de popularidade. Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesse domingo (08/12/2019) revela que o chefe do Executivo federal mantém o apoio de 30% dos brasileiros.
Esse é um patamar alto, principalmente se for considerado que Bolsonaro conta com a máquina do governo para fazer política.
A discreta melhora de alguns indicadores da economia ajuda a performance do capitão. Outra pesquisa recente aponta vitória de Bolsonaro em 2022 qualquer que seja o candidato da oposição no segundo turno.
Levantamento Veja/FSB tornado público nessa sexta-feira (06/12/2019) diz que o presidente seria reeleito no segundo turno contra os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad.
O chefe do Executivo federal também derrotaria o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O adversário mais difícil, com quem empataria na margem de erro, não seria da oposição. Seria o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Nesse cenário, os adversários terão de buscar estratégias que quebrem o favoritismo do capitão. Nem a soltura de Lula foi suficiente para dar um rumo para os oposicionistas.
Não há sinais concretos de alianças dos partidos da esquerda e de centro para o Planalto. Por enquanto, a discussão continua em torno das chances de Lula – hoje inelegível – concorrer em 2022. Como nas eleições anteriores, o PT não abre mão da cabeça de chapa.
Pelo menos um dado da Veja/FSB representa uma boa notícia para a oposição: a pesquisa identificou que mais de 40% dos brasileiros não confiam no que o presidente fala. Mesmo assim, os eleitores ainda preferem o capitão.