Amazônia: Salles afirma que não houve demora para dar resposta à crise
Ministro da Defesa informou também querer liberar R$ 28 milhões que estão contingenciados, para usar na operação de combate às queimadas
atualizado
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo federal não demorou para dar uma resposta sobre a crise na Amazônia. “O problema que deu ensejo à utilização da GLO [Garantia da Lei e da Ordem] e de toda essa estrutura se iniciou há cerca de 20, 30 dias”, explicou.
Salles e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, se reuniram na manhã deste sábado (24/08/2019) para tratar da situação. O chefe da pasta do Meio Ambiente garantiu que o contingenciamento anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), neste ano, não afetou as atividade de fiscalização e combate a queimadas no país.
Também nesta manhã, Azevedo informou querer liberar R$ 28 milhões da Defesa que estão contingenciados, para usar na operação de combate às queimadas no Norte do país. Além disso, o Executivo nacional pediu apoio das autoridades policiais dos estados da região para ajudar na fiscalização de crimes ambientais, principalmente no que diz respeito aos incêndios.
Crise internacional
A forma como o governo brasileiro tem tratado a questão na Amazônia gerou críticas e preocupação de diversos representantes internacionais, como Emmanuel Macron, da França, Angela Merkel, da Alemanha, Boris Johnson, do Reino Unido, e Justin Trudeau, do Canadá.
O presidente da União Europeia, Donald Tusk, afirmou que é “difícil imaginar” um possível acordo de livre comércio entre o bloco europeu e o Mercosul após a postura do governo brasileiro frente aos incêndios florestais na Amazônia. A declaração foi dada durante a abertura do encontro do G7 neste sábado, na França.
O ministro do Meio Ambiente, no entanto, tentou minimizar a crise internacional e afirmou que não há riscos para tratados internacionais. “O Brasil tem elementos para continuar sendo referência no tema ambiental para a OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico]”, disse.