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Amazônia: Bolsonaro diz que passou de “capitão motosserra a Nero”

Ao deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira (20/08/2019), presidente reclamou da fama que tem de destruir a floresta

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Presidente Jair Bolsonaro fala na saída do Palácio da Alvorada
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro fala na saída do Palácio da Alvorada - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), reclamou nesta terça-feira (20/08/2019) da fama que tem de destruir a Amazônia. Segundo o chefe do Executivo, ele passou do apelido “capitão motosserra” a “Nero”, poderoso imperador romano cuja história atribui a ele o incêndio que teria destruído Roma.

“Agora estou sendo acusado de tocar fogo na Amazônia. Nero! É o Nero tocando fogo na Amazônia”, disse o presidente, que justificou o alto número de incêndios na floresta como natural. “É época de queimada por lá”, disse.

O chefe do Executivo afirmou que é impossível o uso do Exército para reprimir queimadas devido à grande dimensão da floresta equatorial brasileira. “O pessoal está pedindo aí para eu colocar o Exército para combater. Alguém sabe o tamanho da Amazônia?”, questionou.

“A distância entre os pelotões de fronteira é de 200 quilômetros, os mais perto. Vamos colocar quantas pessoas para apagar fogo na Amazônia? Meu Deus do céu! Lá, é época de queimada. O que se aproveita no momento é que está tudo mudando e eu estou tocando fogo na Amazônia”, reclamou o presidente.

Ao ser questionado sobre o aumento do desmatamento, Bolsonaro informou que se baseará nos próximos números a serem divulgados sobre o assunto, alertando que, agora, haverá “responsabilidade” na divulgação.

“Estou esperando as próximas rodadas e números que não serão números que vão aparecer sem responsabilidade, que vão mostrar. Ninguém está querendo esconder nada não. Se os números forem alarmantes, eu vou tomar conhecimento na frente de vocês”, indicou a jornalistas.

Terrorismo
De acordo com Bolsonaro, o governo pretende considerar oficialmente o Hezbollah como grupo terrorista. Ao ser questionado sobre o assunto, ele comparou o Hezbollah, de orientação xiita e sediado no Líbano, ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no Brasil.

“Posso, sim [reconhecer o grupo como terrorista], pretendo fazer isso aí. E são terroristas”, sinalizou. “Temos informes que têm pessoas deles por aqui também, tríplice fronteira, grupo do crime organizado no Brasil. Eles são unidos, podem não ser muito organizados, mas são unidos”, completou.

“São grupos terroristas como o MST, para mim, também é grupo terrorista. Os caras levam o terror no campo aqui, queimam propriedades. Desestimula o homem do campo a produzir. É no Brasil todo, essa praga do MST”, completou Bolsonaro.

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