Alerj escolhe presidente e relator da comissão de impeachment de Pezão
Deputada Martha Rocha (PDT) presidirá colegiado e Bruno Dauaire (PRP) será o responsável pelo relatório. Rito será definido nesta quinta
atualizado
Compartilhar notícia
A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que julga a admissibilidade de impeachment contra o governador Luiz Fernando Pezão e o vice Francisco Dornelles esteve reunida nesta quarta-feira (12/12) pela primeira vez. O grupo julgará os chefes do Poder Executivo fluminense por crime de responsabilidade e gestão temerária do orçamento, entre outros crimes, em representação apresentada pelo PSol. Durante a sessão desta quarta, a deputada Martha Rocha (PDT) foi eleita presidente da comissão e o deputado Bruno Dauaire (PRP) foi escolhido relator.
Ao todo, participaram da reunião 18 dos 19 deputados indicados pelos partidos com representação na Alerj para compor a comissão. Nesta quinta-feira (13), com início previsto para as 13h, a comissão se reunirá novamente para aprovar o rito do julgamento.
Antes de escolher a presidente e o relator do grupo, o deputado Luiz Paulo (PSDB), decano da Alerj, presidiu a instalação da sessão. O mais velho deputado da Casa disse que a comissão foi criada com base na Lei 1.079, de 10 de abril de 1950, que trata dos crimes de responsabilidades dos atos do presidente da República. Luiz Paulo, no entanto, declarou-se impedido de continuar presidindo a sessão porque subscreveu em 2016 a denúncia por crime de responsabilidade com relação às improbidades apontadas nas contas de gestão desse mesmo ano.
Próximos passos
No final do prazo estabelecido no rito, um relatório será votado no plenário da Casa, que decidirá pelo afastamento ou não dos chefes do Executivo estadual. Caso a Alerj aprove o afastamento, o julgamento definitivo ficará a cargo de um Tribunal Misto de Julgamento, formado por cinco deputados a serem eleitos e cinco desembargadores a serem sorteados.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Milton Fernandes de Souza, presidirá a sessão, e terá direito a voto em caso de empate. O julgamento decidirá tanto sobre a perda de mandato, quanto sobre uma eventual perda de direitos políticos dos acusados por cinco anos.