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Alcolumbre após ofensa de Bolsonaro a jornalista: “Página virada”

Presidente do Senado se pronunciou pela primeira vez na manhã desta quarta-feira (19/02/2020), um dia após o episódio

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
DAVID ALCOLUMBRE
1 de 1 DAVID ALCOLUMBRE - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na manhã desta quarta-feira (19/02/2020) que os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à jornalista da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello, são uma “página virada”.

“Do ponto de vista do Senado da República é uma página virada, porque já aconteceu. Mas, que a agente possa conduzir daqui para frente com mais respeito”, afirmou.

Em seguida, o senador disse lamentar o episódio. Porém, destacou que essa é a forma de Bolsonaro conduzir a sua relação com a imprensa.

“Mas isso, cada um conduz da sua maneira. A minha maneira é essa: de conciliar, de agregar, de pacificar”, complementou.

Esta é a primeira vez que Alcolumbre se pronuncia sobre o episódio, ocorrido na manhã dessa terça-feira (18/02/2020). Durante todo o dia, o senador permaneceu calado sobre o assunto, junto aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do STF, Dias Toffoli.

Na ocasião, Bolsonaro disse que a jornalista “queria dar o furo a qualquer preço” contra ele. A fala fez referência a depoimento da Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) das Fake News no qual um ex-funcionário de uma empresa de disparo em massa de mensagens de WhatsApp, chamado Hans River, disse que a repórter insinuou-se sexualmente para ele de maneira a ter acesso a informações privilegiadas.

As declarações foram desmentidas pelo jornal, que expôs toda a comunicação entre a repórter e a então fonte. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), relembrou que mentir em uma comissão de inquérito é crime. River não conseguiu provar a sua afirmação até o momento.

Questionado sobre a possibilidade de convocar o ex-funcionário da Yacows, Hans River do Rio Nascimento, Alcolumbre disse que não faz parte da CMPI das Fake News.

“Os extremos não vão ajudar o Brasil”, disse o senador.

Alcolumbre no alvo
Davi Alcolumbre foi alvo, recentemente, de ataques de cunho homofóbico após um vídeo antigo, no qual ele dança ao lado do seu pai, Samuel José Tobelem, ser resgatado e tirado de contexto por um apoiador do governo Bolsonaro, Allan dos Santos. Ao ver o carinho que o pai faz no filho, o auto intitulado jornalista questiona a suposta “encouchada” que Alcolumbre estaria sendo alvo.

“Acho que a CPMI tem levantado questões importantes, porque os brasileiros também têm sido agredidos diariamente. Eu fui vítima disso”, relembrou o senador, na mesma coletiva que pregou que os ataques à jornalista eram “página virada”.

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