Alckmin nega acusações que envolvem delações da Odebrecht
Executivos ligados à empreiteira relataram suposto repasse de R$ 10,7 milhões a pretexto de “contribuição eleitoral” ao governador
atualizado
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Daniel Teixeira/agência estado
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se defendeu de acusações que envolvem a construtora Odebrecht durante conferência de imprensa para falar sobre o Fórum Econômico Mundial da América Latina. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada no último dia 12 afirmou que três empresas da família de Alckmin têm ou tiveram como sede um edifício comercial que pertence ao seu cunhado Adhemar Ribeiro, acusado por delatores da Odebrecht de ter recebido dinheiro de caixa dois para abastecer a campanha do tucano em 2010.
Ele negou que o cunhado tenha sido operador de sua campanha e disse que, entre as três empresas, há uma criada por ele para dar aulas quando estava sem cargo, outra aberta por um de seus filhos para vender seguros mas que não teve sucesso, e uma terceira criada pela filha para administrar um blog na internet
De acordo com a reportagem, o ex-superintendente da construtora em São Paulo, Carlos Paschoal, um dos delatores da Odebrecht, afirmou que foi levado pelo conselheiro da empresa Aluízio de Araujo, morto em 2014, a um encontro com Geraldo Alckmin. O governador disse que não se lembra do encontro e que era amigo de Araujo, negando qualquer negociação eleitoral entre os dois.