ABDI: com briga, Bolsonaro diz que envolvidos podem “perder a cabeça”
Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial acusou secretário do Ministério da Economia de fazer pedidos escusos
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro pediu uma apuração sobre as declarações do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto Ferreira, que disse ter recebido “pedidos não republicanos” do secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa.
Bolsonaro afirmou que ao menos um dos envolvidos deverá ser demitido. “Um dos dois ou os dois perderão a cabeça”, disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (02/09/2019).
O presidente disse que, assim que tomou conhecimento das declarações, pediu informações. “Estou louco para saber. Já entrei em contato com o ministro Paulo Guedes para saber que pedido é esse”, afirmou a jornalistas.
“Um dos dois, no mínimo, vai perder a cabeça. Porque não pode ter uma acusação dessas. Daí vão dizer que ele ficou lá porque tem uma bomba embaixo do braço. Não é esse o meu governo. Já pedi para apurar… Um dos dois, ou os dois perderão a cabeça”, afirmou.
Ferreira disse ao Estadão ter sido pressionado pelo secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia para bancar o aluguel de salas em São Paulo sem necessidade. De acordo com o presidente da ABDI, o aluguel serviria para abrigar escritórios da secretaria e criaria um custo adicional de R$ 500 mil por ano à agência, que é mantida por meio de repasses de recursos do Sistema S. Mas não quis revelar que outros pedidos “não republicanos” teriam sido feitos pelo secretário.