“A única solução é o Maduro entender que acabou”, diz Mourão
Para vice-presidente, a situação não afeta o Brasil e será necessário um Plano Marshall para reparar as consequências da crise venezuelana
atualizado
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Com a ameaça de fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela pelo presidente venezuelano Nicólas Maduro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse que essa é uma “decisão interna” do país e que o Brasil “nunca iria entrar na Venezuela”.
Segundo Mourão, o objetivo brasileiro sempre foi disponibilizar ajuda humanitária, com mantimentos como alimentos e remédios, para que venezuelanos os buscassem em Roraima, além de manter a possibilidade de ingresso de refugiados no território nacional.
De acordo com o vice-presidente, a situação não preocupa, pois há uma população “rarefeita” na região e “é possível, mas não provável” haver redução no fornecimento de energia elétrica por parte da Venezuela para o estado de Roraima. “Um dos poucos recursos que a Venezuela recebe é o que nós pagamos pela energia consumida”, completou.
“Não tem outra solução. A única solução é o [presidente Nicolás] Maduro entender que acabou. Promove outras eleições e elege quem tiver que que ser. A partir daí, terá que haver um Plano Marshall para a Venezuela”, afirmou Mourão. A referência lembrada pelo vice surgiu na Segunda Guerra Mundial como parte do Programa de Recuperação Europeia, quando os Estados Unidos auxiliou na reconstrução dos países aliados da Europa que foram destruídos no conflito.
Para Mourão, o fechamento da fronteira da Venezuela com a Colômbia, também anunciada por Maduro, pode trazer mais consequências negativas devido à troca comercial entre os países. Neste domingo (24/2), o vice tem um encontro marcado em Bogotá (Colômbia) com o Grupo Lima, integrantes de nações das Américas que vai discutir a crise venezuelana. “Manteremos a pressão política para que a Venezuela retorne ao caminho da democracia” disse Mourão.