A empresários, Bolsonaro defende afrouxar fiscalização
De acordo com o presidente, esse é o tom que ele tem usado com seus ministros quando se fala em multas
atualizado
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Ao falar para uma plateia de empresários reunidos na Confederação Nacional da Indústria, nesta quarta-feira (11/12/2019), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu que se conceda “menos poder” para ficais para evitar a aplicação de multas ao agronegócio, às indústrias e até a igrejas.
De acordo com o presidente, esse é o tom que ele tem usado com seus ministros quando se fala em multas.
Bolsonaro disse que essa redução de poder da fiscalização foi feita pela Inglaterra há cerca de 50 anos para não atrapalhar a produção industrial no país.
“Tenho falado com meus ministros quando se fala em multas. Se eu não me engano, há questão de 40 anos, a Inglaterra tirou o poder de seus fiscais. Porque chegou a um ponto que aquele modelo adotado atrapalhava quem queria produzir”, disse o presidente.
“Aqui nós temos que racionalizar isso daí”, enfatizou. Segundo o presidente, seu governo já tomou providências para evitar tipos de fiscalização.
“O homem do campo está menos apavorado ou está mais ou menos feliz com a fiscalização. Ele não recebe mais um fiscal na sua porta com a caneta na mão pronto para multar”, disse.
“Quem tem uma fazenda e resolveu fazer pequenos 10 açudes, bem menor que um quarto de hectare cada um. Vai a fiscalização lá e multa em um milhão de reais para cada um desses açudes, o dono da propriedade. Isso não é justo. Vamos conversar com ele”, apontou o presidente.
Bolsonaro também usou o exemplo de um líder religioso que teria reclamado com ele a respeito de uma multa no valor de R$ 200 milhões.
“Vi outro dia um líder religioso com uma multa de R3 200 milhões. Eu falei: Meu Deus do céu. O que esse cabra fez para ter uma multa de R$ 200 milhões na sua igreja?. Vamos buscar solução para isso”, disse Bolsonaro.