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Policial de SP preso por traficar anestésico alucinógeno perde o cargo

Esquema integrado por policial vendia o anestésico quetamina como entorpecente; integrantes tinham movimentação financeira milionária

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analgésico quetamina policial
1 de 1 analgésico quetamina policial - Foto: Reprodução

O governo de São Paulo decretou a exoneração do policial civil Diogenes Cortijo Costa Júnior. O agente e outras quatro pessoas foram presas em 2021 com 868 fracos de Cetamim 50ml, um anestésico incluído na lista de medicamentos de controle especial do Ministério da Saúde e usado ilegalmente como droga alucinógena.

As investigações apontaram que os envolvidos tinham movimentações financeiras milionárias. A quetamina, também chamada de ketamina ou cetamina, foi encontrada com os cinco homens em uma residência no Centro de Campinas.

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Quetamina em fracos de 50ml estava guardada em caixas com o grupo
Matthew Perry morreu em 2023 devido ao abuso da quetamina
Caixas de quetamina,  anestésico usado como entorpecente, foi encontrado com grupo em uma residência em Campinas
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Caixas de quetamina, anestésico usado como entorpecente, foi encontrado com grupo em uma residência em Campinas

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Quetamina em fracos de 50ml estava guardada em caixas com o grupo

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Matthew Perry morreu em 2023 devido ao abuso da quetamina

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Caixas de quetamina, anestésico usado como entorpecente, foi encontrado com grupo em uma residência em Campinas

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Os frascos de quetamina estavam em 45 caixas de papelão e, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), seriam vendidos de forma ilegal para consumo como entorpecente.

No esquema do qual o investigador Diogenes Cortijo Costa Júnior fazia parte, a droga era comprada de forma ilegal por Silvano Meireles, que alegava trabalhar em um haras e argumentava que a quetamina seria usada em cavalos. Porém, o produto era repassado a outros integrantes do grupo para distribuição ilícita.

“É possível observar a articulação e organização para aquisição fraudulenta dos medicamentos de uso controlado e destinação diversa e ilícita. A documentação e declarações prestadas nos autos trazem à mostra movimentação financeira milionária em apenas um ano”, disse o ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou pedido de habeas corpus de Diogenes Cortijo Costa Júnior.

“Cumpre registrar ainda que, diversamente do exposto pela defesa, o fato do acusado ser servidor público há anos agrega maior gravidade ao delito, e não o contrário, sobretudo se tratando de agente de segurança pública (policial civil estadual)”, destacou o ministro.

Diogenes Cortijo Costa Júnior foi condenado a 9 anos e quatro meses de prisão por comercializar o medicamento sem autorização prévia e sem cumprimento das demais exigências legais e por associação para a prática do delito.

Ele começou a cumprir pena em regime fechado no Presídio Especial da Polícia Civil de São Paulo, mas conseguiu a progressão para o regime semiaberto em setembro de 2023. A perda do cargo de investigador da PCSP foi assinada pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado André do Prado, no exercício do Executivo estadual.

A droga

Inicialmente, a quetamina era usada apenas como anestésico para pequenas cirurgias em animais, mas logo passou a ser administrada, em pequenas quantidades, para tratamento de pessoas com depressão.

Em doses mais altas, no entanto, provoca efeitos alucinógenos parecidos com os do LSD. Devido ao preço elevado, passou a ser consumida em festas da alta sociedade em forma de pó ou injetável. Seu uso indiscriminado pode causar o aumento do ritmo cardíaco, da pressão arterial e ideação suicida.

Em 2023, o abuso de quetamina foi apontado como uma das causas da morte do ator Mattew Perry, que interpretou o personagem Chadler Bing, da série Friends.

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