Policial que matou tesoureiro do PT é demitido por Lewandowski
O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho irá a júri popular para responder sobre a morte do guarda municipal Marcelo Arruda
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda. A demissão foi anunciada nesta terça-feira (19/3).
De acordo com o ministério, a pena de demissão do policial se deu no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apurar a atuação do agente. Ele era servidor da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
Guaranho foi demitido pelas seguintes infrações disciplinares:
- uso de recurso material da repartição em atividade particular;
- prática de ato de improbidade administrativa;
- e incontinência pública.
Segundo o ministério, Lewandowski considerou que a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.
Também foi considerado na decisão o fato de que Guaranho usou sua arma profissional para cometer o crime.
O policial penal bolsonarista Jorge Guaranho matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), em julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR).
O crime ocorreu durante a festa de aniversário de Arruda, na frente de família e amigos. A comemoração tinha como tema o PT, uma vez que o guarda municipal era apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O julgamento do caso por meio de um júri popular está marcado para o próximo 9 de abril.