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Júri do policial penal que matou petista em festa é adiado para 2/5

Jorge Guaranho é acusado de matar Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no Paraná, em 2022

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O júri popular do ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda, ex- tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no Paraná, foi suspenso mais uma vez. O julgamento havia iniciado às 8h50 desta quinta-feira (4/4), no Fórum de Justiça de Foz do Iguaçu, mas a defesa do réu pediu adiamento e deixou o plenário. Dessa forma, o júri acabou remarcado para 2/5.

Inicialmente, o julgamento estava previsto para 7 de dezembro de 2023, mas também havia sido adiado. O Tribunal do Júri é presidido pelo juiz Hugo Michelini Júnior.

Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos quando foi morto a tiros por Jorge Guaranho na festa que tinha como tema o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O crime ocorreu em 9 de julho de 2022 e, para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), teve motivação política.

Guaranho foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum.

O ex-policial passou de carro em frente ao local do evento dizendo “aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”. Guaranho e Arruda discutiram e, mais tarde, o réu voltou ao salão de festas e atirou contra o ex-tesoureiro do PT no meio da confraternização.

Ferido, Marcelo Arruda ainda atirou contra Jorge Guaranho. O ex-policial penal chegou a ficar internado, mas depois que teve alta foi encaminhado para um presídio.

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Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário dele
Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal acusado de matar o petista Marcelo Arruda
José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro
Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas
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A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores

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Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário dele

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Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal acusado de matar o petista Marcelo Arruda

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José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro

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Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas

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Advogado da família de Arruda e assistente de acusação, Daniel Godoy Júnior afirmou ao Metrópoles que espera a condenação de Jorge Guaranho e que o caso sirva como exemplo para que novos assassinatos por intolerância política não aconteçam.

“Um crime praticado em uma situação de intolerância e ódio que acabou destruindo três famílias, do Marcelo Arruda, do réu e um membro da associação onde aconteceu o crime”, ressaltou Godoy Junior.

O advogado da família da vítima cita Claudinei Coco Esquarcini, que tirou a própria vida dias após o crime. Esquarcini era responsável por liberar as senhas de acesso às imagens das câmeras de segurança da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresf), onde aconteceu a festa de Marcelo Arruda.

“Acho importante destacar que esse crime ocorreu no início do processo eleitoral de 2022 e esse processo foi marcado por uma violência aclamada. Esperamos sim que seja um marco no sentido de negação a este tipo de comportamento em disputas políticas e o respeito à diferença entre as pessoas”, enfatizou Godoy Junior.

Defesa

Advogado do ex-policial penal Jorge Guaranho, Samir Mattar Assad alega que o crime não ocorreu com motivação política e que o réu agiu em legítima defesa.

“A defesa buscará demonstrar a verdade dos fatos de maneira integral, comprovando que ao contrário do alegado não há motivação política no evento e que conforme os vídeos e testemunhas do processo o réu não invadiu a festa atirando, agindo em defesa própria ante a iminência de agressão pela vítima que empunhava arma e não atendeu aos pleitos de baixar sua pistola”, pontua Assad.

“Buscaremos a absolvição plena de Jorge Guaranho que foi vítima da situação ocasionada pelo descontrole da vítima que o agrediu violentamente após troca de ofensas verbais atingindo sua esposa e filho recém nascido que estavam no veículo”, completou o advogado do réu.

Repercussão

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu o policial penal Jorge Guaranho em 19 de março. Em nota, a pasta informou que o réu teria usado recurso material da repartição em atividade particular; prática de ato de improbidade administrativa; e incontinência pública.

Jorge Guaranho era policial da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Depois do crime, foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a atuação do réu.

“Em sua decisão, o ministro da Justiça e Segurança Pública entendeu que a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial. Além disso, Guaranho usou sua arma profissional para cometer o crime”, diz a nota do Ministério da Defesa.

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