“Policial ganha mal”: Haddad promete valorizar agentes de SP se eleito
Caso eleito, pré-candidato ao governo de SP diz que pretende atrelar valorização das forças policiais do estado ao cumprimento de metas
atualizado
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São Paulo – O pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) fez um aceno aos policiais e disse que, se eleito, pretende fazer um plano de metas de redução de crimes em São Paulo – incluindo a diminuição da violência policial – atrelado à valorização dos profissionais da segurança pública.
Ao Metrópoles , o ex-prefeito da capital e ex-ministro da Educação afirmou que o profissional da segurança “se sente muito desvalorizado e parte da população não confia”, mesmo que haja “um percentual enorme de chefes de família na polícia que querem o bem da sociedade”.
Diálogos
O petista deve dialogar com representantes das forças policiais durante a campanha. O governo João Doria (PSDB) sofreu críticas da classe nos últimos anos porque o tucano havia prometido aumentos de salários expressivos para os policiais, o que só veio no fim do mandato, em março – um reajuste de 20% – ao mesmo tempo em que cresceu um movimento de “bolsonarização” das forças de segurança.
Haddad não promete um aumento específico, mas fala em “valorizar o profissional” em eventual governo. Ele reforçou que pretende implantar um programa de metas para reduzir e solucionar os crimes que mais preocupam a população.
Ele cita como exemplos homicídio, estupro, latrocínio, roubo e furto, além da violência policial. O petista esclarece, no entanto, que será um projeto implantado em conjunto com as polícias Civil, Militar e Científica – e atrelado a propostas de aumento salarial.
“O que nós vamos investir na inteligência, armamento, tecnologia? O que vamos precisar investir em contratação, em valorização salarial? Mas eu quero o cumprimento das metas. Eu estou a fim de investir, mas eu quero mudar o espírito da segurança pública, eu quero que a família de São Paulo se sinta mais segura”, disse.
Câmeras e pacto
O pré-candidato disse que, para a redução da violência policial, é preciso seguir com o uso das câmeras nos uniformes e fazer um “pacto” com os próprios policiais.
“Você vai ter uma corregedoria com maior fiscalização, os policiais topam uma corregedoria neste plano? O policial está ganhando mal e se sente hostilizado pelo próprio Estado, mas quando você coloca isso num plano que eles vão ajudar a construir, nós vamos pactuar, você muda de figura, porque a enorme maioria é de bons policiais”, avalia.
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