Policial do Rio comandava milícia e recebia dinheiro dentro da prisão
Márcio Lima da Cunha, o Zebu, foi preso por homicídio em 2018. De dentro da cadeia, ele comandava a milícia na Baixada Fluminense
atualizado
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Rio de Janeiro – Desde de 2018, preso por homicídio na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, o policial militar Márcio Lima da Cunha, o Zebu, comandava uma milícia em Mesquita, Baixada Fluminense, e ainda recebia o dinheiro, segundo as investigações, na cadeia. De acordo com Ministério Público, ele ainda pagava propina a policiais para não reprimir o transporte alternativo na região.
Nesta terça-feira (1º/6), uma operação da Polícia Civil do Rio, da Corregedoria da PM e do Ministério Público prendeu 12 acusados, entre eles, oito PMs. A operação foi batizada de Direção Perigosa para cumprir 13 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão.
Oito pessoas foram denunciadas à Justiça pelo crime de constituição de milícia privada, sendo dois policiais militares; e outros cinco PMs pelos crimes de corrupção e concussão.
Entre o material apreendido na ação estão 19 telefones celulares, um carnê e diversas folhas de recibo de pagamento de segurança privada, caderno de cobranças e camisas com inscrições de segurança e pens drives.
Também há escrituras de promessas de cessão de direito, impressões de boletim de cadastros imobiliários, documentos de pessoas, projetos de loteamento e construção de residências, um simulacro de arma de fogo, sete rádios comunicadores e munições.
Em Mesquita, policiais prenderam Anderson Vilarinho de Souza, o Pé de Pano, acusado de envolvimento com o grupo. O Metrópoles ainda não conseguiu localizar a defesa do suspeito.
Vejam imagens da operação: