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Policial confundiu PM com criminoso antes de matar mulher no Alemão

Policial confundiu PM fardada com criminoso e fez disparos que resultaram na morte de Letícia Sales, de 50 anos, no Complexo do Alemão

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Letícia Marinho de Sales, vítima de operação no Complexo do Alemão
1 de 1 Letícia Marinho de Sales, vítima de operação no Complexo do Alemão - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – O inquérito sobre a morte de Letícia Marinho Sales, de 50 anos, durante uma troca de tiros no Complexo do Alemão, indica que um policial confundiu uma policial militar com um criminoso e, equivocadamente, atirou em sua direção. Nesta sequência de disparos efetuados, Letícia acabou sendo baleada no peito e se tornou uma das 18 pessoas mortas na operação realizada na Zona Norte do Rio no último dia 21 de julho.

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De acordo com reportagem do jornal O Globo, o inquérito identifica o policial militar responsável pelo tiro que matou Letícia. Em depoimento na Delegacia de Homicídios, o autor do disparo disse que, naquela manhã, integrava um grupo responsável pelo policiamento no entorno de favelas do Alemão.

Em seu relato, o policial afirmou ainda que estava na Estrada do Itararé, principal via de acesso ao Complexo do Alemão, quando avistou dois carros, lado a lado, diante de um sinal de trânsito: um Chevrolet Prisma e um Hyundai i30. O militar alegou ter visto uma pessoa armada se posicionar com o corpo para fora da janela do i30. E deduziu que seria um criminoso.

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Cabo Bruno de Paula Costa morreu durante operação no Complexo do Alemão
Moradores foram impedidos de sair de casa devido ao intenso tiroteio
Bope usou toda a munição nas primeiras duas horas de operação
Letícia era moradora do Recreio dos Bandeirantes e morreu durante o primeiro dia da ação policial na comunidade
Confrontos duraram mais de 13 horas no primeiro dia
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Solange Mendes, 49, (esquerda) e Letícia Marinho de Sales, 50, (direita) morreram na quinta ação mais letal do Rio de Janeiro

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Cabo Bruno de Paula Costa morreu durante operação no Complexo do Alemão

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Moradores foram impedidos de sair de casa devido ao intenso tiroteio

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Bope usou toda a munição nas primeiras duas horas de operação

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Letícia era moradora do Recreio dos Bandeirantes e morreu durante o primeiro dia da ação policial na comunidade

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Confrontos duraram mais de 13 horas no primeiro dia

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Solange Mendes, 49, moradora do Complexo do Alemão

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Carro retira corpos da comunidade após ação policial no Complexo do Alemão

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Letícia trabalhava fazendo costuras e quentinhas, mas pretendia atuar na área da segurança, como vigilante

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A mulher deixa o marido e dois filhos

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Moradores retiram corpos da comunidade

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PM e Civil fazem operação conjunta no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio

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Rajada de tiros é disparada em direção a helicóptero da polícia

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Blindado da polícia no Complexo do Alemão, durante operação conjunta nesta quinta-feira (21/7)

Foto: Reprodução/TV Globo

No instante seguinte, o policial atirou 12 vezes com seu fuzil. Um dos disparos atingiu Letícia, que estava dentro do Prisma. O namorado dela dirigia o carro alvejado pelo policial.

Dentro do i30, segundo a reportagem do Globo, estava uma policial militar, que trabalhava na UPP do Alemão. Ela disse em depoimento que havia encerrado o expediente e pegou uma carona para voltar para casa.

Quando o i30 parou no sinal de trânsito, a policial percebeu que o carro estava sendo observado pela patrulha da PM e decidiu se identificar. Ela então projetou o corpo para fora da janela do veículo para sinalizar que era uma policial que estava dentro do carro.

Mesmo estando fardada, acabou se tornando alvo dos disparos efetuados pelo colega policial. O motorista ao volante do i30, também um policial, acabou baleado na perna esquerda.

Letícia tinha três filhas e três netos. Morava no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Ela foi à Vila Cruzeiro na véspera da operação para visitar filhas que moram no Complexo do Alemão. Ela passou a noite na casa do namorado, que também morava no local, e voltava para casa quando acabou na linha de tiro.

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