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Policial condenado por morte de jovem foge de unidade militar em GO

PM informou que o policial não retornou após o expediente administrativo ao final do trabalho que fazia para remissão de pena

atualizado

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goias adolescente morto por policial pms robertinho
1 de 1 goias adolescente morto por policial pms robertinho - Foto: Reprodução

Goiânia – O policial militar Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado por matar o estudante Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho, fugiu de uma unidade militar onde trabalhava para a remissão da pena. A informação foi confirmada pela Polícia Militar do estado.

Em nota, a PM informou que, na última sexta-feira (20/10), o militar não retornou ao presídio militar após o expediente administrativo ao final do trabalho que fazia para remissão de pena, em uma unidade militar do Comando de Missões Especiais (CME).

De acordo com a corporação, ele é procurado e foram abertos procedimentos administrativos e criminais pelo Comanda do Correições e Disciplina da PM para apurar as circunstâncias da fuga.

Morte de adolescente

Paulo Antônio de Souza Júnior foi condenado a 21 anos e 4 meses de detenção pela morte do adolescente Robertinho, que tinha 16 anos. O crime aconteceu em 2017 e, na ocasião, o PM também baleou o pai do estudante.

O julgamento aconteceu em junho deste ano, após uma série de adiamentos. O júri, presidido pelo juiz Lourival Machado, condenou os réus do caso pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual.

Além de Paulo, Rogério Rangel Araújo Silva, recebeu a sentença de 10 anos e 8 meses de prisão. Cláudio Henrique da Silva, foi condenado também a 10 anos e 8 meses de detenção.

Ao G1, a defesa de Paulo informou que falará com a família do PM antes de se posicionar à imprensa.

O caso do policial

Robertinho foi morto em 17 de abril de 2017. Os militares, integrantes do serviço reservado, estavam à paisana e foram até a casa onde a família de garoto morava e desligaram o relógio de energia. Na ocasião, o adolescente estava acompanhado dos pais.

Assustado com a situação, o pai de Robertinho, Roberto Lourenço, pegou uma arma que tinha em casa, adquirida após um assalto, e deu um tiro para cima. Em seguida, os militares efetuaram diversos disparos de fora para dentro da casa. Conforme a investigação, o garoto foi atingido por mais de 10 tiros e morreu no local. Os militares alegaram legítima defesa.

O pai de Robertinho também foi atingido na ocasião, mas se recuperou e recebeu alta. Porém, o homem ainda tem projéteis no corpo, que não puderam ser retirados. Os PMs chegaram a ser presos, à época, mas foram soltos cerca de três meses depois.

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