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Policiais que agrediram homem negro em abordagem no TO são afastados

Mesmo imobilizado, homem foi espancado com socos e pontapés por pelo menos dois agentes da PRF. Policiais alegam que homem estava armado

atualizado

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policiais agredindo homem
1 de 1 policiais agredindo homem - Foto: Reprodução

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afastou os agentes acusados de agredir um homem negro durante uma abordagem em Palmas, no Tocantins. Um vídeo flagrou o momento em que policiais rodoviários atacam a vítima com socos e pontapés em um posto de gasolina, na noite dessa sexta-feira (6).

Segundo a PRF, o caso aconteceu por volta das 22h dessa terça-feira (6), na altura do KM 439 da BR 010. O motorista do veículo, de 36 anos, não teria obedecido a ordem de parada dada pelos agentes.

Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver que um carro de cor preta foi abordado por uma equipe da corporação. O motorista então deita no chão e, mesmo imobilizado, é agredido por pelo menos dois agentes.

Veja o vídeo:

Infrações

A PRF alega que “ao evadir-se do local, o automóvel trafegou na contramão por diversos quilômetros em alta velocidade, transitando com os faróis desligados”.

Durante o acompanhamento, o condutor teria manobrado o veículo próximo a viatura, na tentativa de fechá-la, causando iminente risco de acidentes e causando risco iminente aos condutores e pedestres.

Ainda segundo relato da corporação, o condutor do veículo teria resistido e não atendeu aos comandos dados pelos policiais. Ele também teria alertado para não chegarem próximo dele, pois estaria armado e iria reagir à abordagem.

Posteriormente, foi realizado teste de alcoolemia, constatando o teor de 0.50 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, sendo considerado, o valor de 0.46 mg/L. O homem foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Palmas, para as medidas legais cabíveis.

O homem agredido foi ouvido, pagou fiança e, como relatou as agressões por parte dos federais, foi encaminhado junto com o delegado plantonista e um agente para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por um exame de corpo de delito. Depois desses procedimentos, ele foi liberado.

“Abordagem inadequada”

Em nota, a corporação informou “foram verificadas evidências de que a abordagem policial teria sido realizada de forma inadequada, divergindo da doutrina da PRF”.

Os policiais foram afastados da atividade operacional e o caso está sendo apurado pela Corregedoria Regional/Nacional e por especialistas dos Direitos Humanos da corporação.

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