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Policiais mentiram sobre mortes em confronto, diz Corregedoria da PMGO

Policiais militares devem responder por homicídio e fraude processual. Confronto simulado terminou com duas mortes em Goiânia (GO)

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Policiais militares que mataram suspeito e plantaram arma no local do crime são presos
1 de 1 Policiais militares que mataram suspeito e plantaram arma no local do crime são presos - Foto: Reprodução

Goiânia – A investigação da Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PMGO) sobre um suposto confronto que terminou com duas mortes, na capital goiana, concluiu que os seis policiais militares envolvidos no caso mentiram para justificar os homicídios e dificultar a apuração do caso.

No inquérito, obtido pela TV Anhanguera, a corporação revela que os PMs apresentaram diferentes versões sobre a motivação, disparos e até mesmo sobre o horário da ocorrência.

Os policiais envolvidos na ação chegaram a ser presos durante as investigações, mas foram estão soltos no início deste mês, após o vencimento dos mandados de prisão temporária.

Policiais responderão por crimes

Os seis policiais devem responder por suas participações nas mortes de Marienes Pereira Gonçalves e Júnior José de Aquino Leite. Veja por qual crime cada um pode responder:

  • 1º Tenente Alan Kardec Emanuel Franco: deve responder diretamente por crime de fraude processual e indiretamente pela participação intelectual e apoio material nos dois homicídios;
  • 2º Tenente Wandson Reis Dos Santos: deve responder diretamente pela morte de Júnior José e por crime de fraude processual;
  • 2º Sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira: deve responder diretamente pela morte de Marines e também por crime de fraude processual;
  • 3º Sargento Wellington Soares Monteiro: deve responder diretamente pela morte de Marines e também por crime de fraude processual;
  • Soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva: deve responder indiretamente por crime de fraude processual e indiretamente pela participação intelectual e apoio material nos dois homicídios;
  • Soldado Diogo Eleuterio Ferreira: deve responder indiretamente por crime de fraude processual e indiretamente pela participação intelectual e apoio material nos dois homicídios.

Ainda à emissora, a PM disse que todas as medidas determinadas pelo Poder Judiciário estão sendo cumpridas, mas não respondeu se os militares citados no inquérito foram afastados das ruas.

Suspeitos mortos a tiros

O suposto confronto ocorreu em 1º de abril no Setor Jaó, em Goiânia, e familiares das vítimas denunciam o que pode ter sido uma execução.

Na ocasião, dois homens morreram baleados pelos PMs. Os militares teriam, ainda, plantado uma arma no local do crime, em um bairro de Goiânia, capital do estado.

Os PMs alegaram que a dupla reagiu a uma abordagem, no entanto, imagens registradas pelo celular de um dos abordados mostram o momento da parada e contradizem o relato policial.

Veja o vídeo:

 

Participação intelectual

No inquérito, a Corregedoria da PM afirma que os dois policiais que trabalhavam como motoristas no dia da ocorrência também não são inocentes.

Isso porque, mesmo que não apareçam nos vídeos manipulando a cena do crime ou atirando contra as vítimas, sabiam que tudo isso estava acontecendo e deveriam ter comunicado imediatamente os superiores hierárquicos dos comandantes da equipe para tentar outras provas.

A Corregedoria pediu à Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) os dados de GPS com a rota das viaturas no dia da ocorrência, mas nenhuma rota para os parâmetros foi informada.

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